O resultado de Espanha prova o tamanho da vitória de António Costa e a dificuldade que é, quase um animal em vias de extinção por essa Europa fora, ganhar com maioria absoluta como o fez em Janeiro de 2022. O que pauta os governos do mundo é a dificuldade de construção de uma solução estável, fruto da pulverização que atinge os parlamentos internacionais.
Ali, porém, aconteceu algo que é novo, comparando com a cena mundial. Quem cresceu foram os partidos moderados PP (mais 47 deputados) e PSOE, falindo forte o Vox (perdeu 19 deputados) e o Sumar. Mas a vitória de Feijóo pode ter um sabor amargo, pois não encontra parceiros suficientes para se instalar na Moncloa. Assim, quase que Pedro Sánchez poderá pedir conselhos ao seu amigo, que é o maior especialista mundial na criação de geringonças para permanecer como Presidente do Governo.
A essa aliança com independentistas e um foragido da justiça chamam em Espanha de “Governo Frankenstein”, tal é o bafio e perigo que exala dessa ligação. Todavia, são nuvens de caos e ingovernabilidade que afectam os nossos vizinhos. A tranquilidade só virá quando Isabel Diaz Ayuso pegar no leme do PP. Não faltará muito tempo.
P.S.: Esta coluna vai de férias duas semanas.
O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.