Aumento da esperança de vida gera mais 400 mil milhões de receitas para os gestores de ativos

A Oliver Wyman e a Morgan Stanley consideram que o aumento da esperança média de vida a nível global pode trazer oportunidades a nível da reforma para os gestores de ativos e de património, podendo gerar mais de 400 milhões de euros em receitas adicionais até 2028.

“Uma das tendências positivas que definiu o último século tem sido o aumento constante da esperança média de vida em todo o mundo”, abrindo a porta a uma “era de envelhecimento que criou grandes desafios financeiros para muitos países e famílias”, refere o mais recente relatório da Oliver Wyman e da Morgan Stanley, com o tema “Longevidade desbloqueada, reformar-se na era do envelhecimento”.

“Apesar das alterações na longevidade, na demografia, no mercado financeiro e na política de reforma, as necessidades de reforma das pessoas mantiveram-se consistentes: produtos acessíveis ​​que ofereçam alguma forma de garantia de rendimento, aconselhamento personalizado e uma experiência perfeita para o cliente”, indica.

“Infelizmente, o atual ecossistema de reforma – e os gestores de ativos e de património que nele intervêm – tem sido cada vez mais incapaz de satisfazer as necessidades em grande escala”, indica, acrescentando que a “resolução destas necessidades nesta ‘era de envelhecimento’ exigirá uma visão mais ampla ao nível do ecossistema da reforma”.

“Acreditamos que as potenciais receitas adicionais associadas à oportunidade proporcionada pela reforma” podem “representar mais de 400 milhões de dólares até 2028”, de acordo com as conclusões do relatório.

Estas receitas adicionais podem vir da maior alocação nos mercados privados, especialmente para os investidores de retalho, passar o dinheiro parado em depósitos para produtos focados na reforma, expansão do aconselhamento a mais pessoas e alterações na alocação de mercados não privados devido à maior longevidade.

O relatório adianta ainda que, em Portugal, havia 44 mil milhões de dólares em ativos de pensões em 2022, representando 0,8% do total global;