Os maiores bancos dos Estados Unidos apresentaram as contas do primeiro trimestre com lucros muito superiores aos esperados pelos analistas.
O lucro do Goldman Sachs aumentou 464% no primeiro trimestre face ao período homólogo. Segundo a Lusa, o grupo financeiro norte-americano Goldman Sachs anunciou hoje um lucro líquido de 6.836 milhões de dólares no primeiro trimestre.
O resultado recorde (equivalente a 5.714 milhões de euros) foi impulsionado por operações de corretagem e banca de investimento.
A faturação da entidade financeira entre janeiro e março ascendeu a 17.704 milhões de dólares, mais 102% em comparação com o exercício anterior, alimentado em boa parte pela divisão de Mercados Globais, que cresceu 46% para 7.580 milhões devido ao bom desempenho dos mercados de ações e renda fixa.
A Goldman Sachs é a empresa mais exposta a atividades bolsistas em Wall Street entre os grandes bancos norte-americanos, o que lhe permitiu beneficiar nos últimos meses com a forte subida dos mercados.
“Temos estado a trabalhar bastante com os nossos clientes na preparação do pós-pandemia e num clima económico mais estável. Os nossos negócios continuam muito bem posicionados (…) para a recuperação e essa força reflete-se nas receitas e lucros recorde deste trimestre”, afirmou o presidente executivo, David Solomon.
A entidade reduziu as suas reservas para crédito malparado em 70 milhões de dólares, o que reflete “a melhoria contínua do clima económico após as difíceis condições que começaram no primeiro trimestre de 2020 como resultado da pandemia de covid-19”. O valor para essas perdas é agora de 4.240 milhões de dólares.
Os resultados do Goldman Sachs superaram as expectativas dos analistas e as suas ações subiam 1% nas operações eletrónicas antes da abertura de Wall Street. Desde o início do ano, foi registada uma valorização de 24% em bolsa.
O JP Morgan fechou o primeiro trimestre com lucros de 14,3 mil milhões de dólares (12 mil milhões de euros), o que representa 4,5 dólares por ação. Acima das estimativas dos analistas de 3,10 dólares por ação. Um ano antes o lucro tinha sido de Um ano antes, tinha sido de 2,87 mil milhões de dólares.
O resultado ajustado e receitas superaram estimativas. Ambos apresentaram lucros e receitas recordes no começo deste ano, alimentadas pela recuperação económica nos EUA.
O JP Morgan registou um aumento de quase cinco vezes o lucro apresentado no mesmo período do ano anterior.
Já a receita do maior banco dos EUA foi de 32,27 mil milhões de dólares, um aumento de 14% em relação a 2020.
O JP Morgan libertou provisões de 5,2 mil milhões de dólares que tinham sido constituídas para riscos de crédito decorrentes da pandemia. As perdas com crédito que a pandemia poderia ter causado nunca se materializou, e agora o banco lucra com a libertação de porvisões e com a recuperação económica.
A área de banca de empresas e de banca de investimento do JP Morgan também foi lucrativa. Já a receita cresceu 46% nesta área.
Outro banco, o Wells Fargo apresentou no primeiro trimestre, receitas de 18,06 mil milhões de dólares (15,08 mil milhões de euros) e um lucros de 1,05 dólares por ação, acima do esperado.
Quanto às provisões libertadas, o banco reportou 1,05 mil milhões de dólares.
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