[weglot_switcher]

Gonçalo Reis considera telescola “legitimação do serviço público”. RTP quer manter Estudo em Casa

Para Gonçalo Reis, a experiência do Estudo em Casa representa “aquilo que a RTP tem, realmente, de fazer”, indicando que os conteúdos educativos devem ser uma aposta permanente da estação pública. Solução pode passar pela revisão do contrato de concessão do serviço público de televisão.
  • Presidente do Conselho de Administração da RTP, Gonçalo Reis
14 Julho 2020, 18h04

O presidente do conselho de administração da RTP, Gonçalo Reis, considera que o ensino à distância assegurado pela nova versão da histórica telescola, denominada hoje de Estudo em Casa, criada devido aos efeitos da pandemia da Covid-19, “é a legitimação do serviço público que a RTP tem vindo a fazer”. Por isso, a administração da RTP está disponível para continuar a apostar nas aulas à distância, através da programação Estudo em Casa, sendo possível que essa ambição possa ficar plasmada no novo contrato de concessão do serviço público de televisão pública.

“O Estudo em Casa correu muito bem, teve muito impacto. Teve muito impacto na RTP Memória, em África, no meio digital e nós queremos continuar, estamos disponíveis para continuar”, afirmou o presidente do conselho de administração da RTP, durante a comissão parlamentar de Cultura e Comunicação, esta terça-feira.

Para Gonçalo Reis, a experiência do Estudo em Casa representa “aquilo que a RTP tem, realmente, de fazer”, indicando que os conteúdos educativos devem ser uma aposta permanente da estação pública.

“A RTP deve ter de maneira permanente conteúdos educativos de vária ordem e em articulação com as entidades de educação, como o Ministério da Educação e a Direção-Geral de Educação”, acrescentou.

Contudo, a continuação do Estudo em Casa ou de programas de conteúdos exclusivamente educativos para lá do que se enquadra numa resposta à pandemia da Covid-19, dependerá de um trabalho que tem de ser feito dentro da RTP “com os diretos”. Nesse sentido, Gonçalo Reis afirmou que a administração tem um apoio entusiástico”, indicando que uma solução para manter conteúdos exclusivamente educativos para os mais jovens em idade escolar poderá surgir “no âmbito da revisão do contrato de concessão” do serviço público de televisão, entre Governo e administração da RTP.

Já no dia 22 de abril, em declarações à agência Lusa, Gonçalo Reis tinha admitido a hipótese de oferta educativa da RTP perdurar. “Ou seja, a oferta educativa foi criada, digamos como uma solução de emergência, mas é algo que interessa ao cidadão, aos espectadores, por isso a RTP deve continuar a fazer”, disse, então.

As aulas à distância através do programa Estudo em Casa, assegurado pela RTP, no canal RTP Memória, tiveram início no dia 20 de maio.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.