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Google processada em 4,5 mil milhões por recolher dados pessoais em modo privado no Chrome

A ação coletiva sugere que milhões de utilizadores do Google que navegam na Internet em modo privado desde o dia 1 junho de 2016, continuam a ser alvo de recolha de informação por parte da tecnológica mesmo sem o seu consentimento
3 Junho 2020, 12h08

A gigante tecnológica é acusada de recolher ilegalmente os dados dos utilizadores que escolhem a opção ‘modo privado’ quando utilizam o navegador Google Chrome. O processo foi desencadeado pelo escritório de advogados Boies Schiller Flexner que exige que a Google pague 5 mil milhões de dólares (4,5 mil milhões de euros), avança a “BBC”.

A ação coletiva sugere que milhões de utilizadores do Google que navegam na Internet em modo privado desde o dia 1 junho de 2016, continuam a ser alvo de recolha de informação por parte da tecnológica mesmo sem o seu consentimento, de acordo com o escritório de advogados encarregues pelo processo que deu entrada no tribunal federal de San José na Califórnia.

Muitos utilizadores do Google Chrome conseguiram perceber que os seus históricos de pesquisas estão a ser rastreados no modo privado, mas a Google justifica dizendo que esse a recolha de dados não é ilegal.

O modo de navegação anónima no Chrome da Google oferece aos utilizadores a opção de pesquisar na Internet sem que a sua atividade seja guardada no próprio navegador ou dispositivo. Mas os sites visitados podem usar ferramentas como o Google Analytics para rastrear o uso.

A denúncia diz que a Google “não pode continuar a prática de recolha não autorizada no modo privado dos dados de praticamente todos os americanos com um computador ou telefone”.

José Castaneda, porta-voz da Google disse explica que “nós afirmamos claramente cada vez que alguém abre o navegador em modo privado, que os sites podem recolher informações sobre a atividade dos utilizadores”. Acrescenta ainda que, a Google nunca escondeu que é possível fazê-lo.

A Google diz que a recolha do histórico de pesquisa, mesmo no modo de visualização privada, ajuda os proprietários dos sites a “avaliar melhor o desempenho do seu conteúdo, produtos, marketing e muito mais”.

“As pessoas em todo o mundo estão a ficar cada vez mais conscientes (e preocupadas) de que  as suas comunicações pessoais estão a ser intercetadas, recolhidas, registadas ou exploradas para obter lucro pelas empresas de tecnologia das quais elas passaram a depender”, afirma o documento da Boies Schiller Flexner a que a “BBC” teve acesso.

Uma das opções para impedir que a Google recolha os dados no modo privado é a possibilidade dos utilizadores instalarem a extensão de desativação no navegador da Google Analytics, diz o documento.

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