O governo e a companhia aérea alemã Lufthansa chegaram a um acordo sobre o pacote de resgate da companhia aérea, avaliado em cerca de 9 mil milhões de euros, segundo a agência de notícias alemã DPA. O resgate aguarda ainda a aprovação de diferentes partes, incluindo a Comissão Europeia, segundo o “El Economista”.
Tal como o resto do setor da aviação, a Lufthansa foi severamente afetada pela crise económica provocada pela pandemia de Covid-19. Segundo os dados recolhidos pela agência alemã DPA, a empresa perdeu cerca de 800 milhões de euros por cada mês de confinamento.
Com este resgate, o governo alemão ficará como principal acionista da companhia aérea com 20% de participação no capital da empresa, de acordo com as últimas informações conhecidas e na ausência de confirmação oficial. Segundo o jornal alemão Bild am Sonntag, a Lufthansa terá três anos para reembolsar o auxílio fornecido pelo executivo de Angela Merkel.
Segundo a Bloomberg, as negociações entre Berlim e Bruxelas estão estagnadas, devido à discórdia entre o governo alemão e a comissão europeia sobre a rapidez com que o bloco comunitário deve dar o seu “aval” ao resgate, uma vez que o governo alemão o aprove. Um dos pontos mais controversos é justamente a alta participação que o executivo alemão terá na companhia aérea.
Merkel impõe condições
A companhia aérea liderada por Carsten Spohr anunciou que esta ajuda pública vai chegar com várias condições inerentes ao facto do Estado alemão entrar no capital da Lufthansa. Desde logo, ficarão suspensos os pagamentos de dividendos e serão aplicadas restrições às remunerações dos quadros superiores e Comité de Supervisão.
“As condições que esperamos referem-se en particular à restrição de futuros pagamentos de dividendos e limites na remuneração da administração”, disse a Lufthansa, que tem em desenvolvimento um plano para reduzir a frota em 100 aviões e eliminar 10 mil empregos devido à crise de procura que se já se faz sentir devido à pandemia de Covid-19.
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