Os patrões faltaram esta terça-feira à reunião convocada pelo Governo para apresentar as linhas gerais do PT2030, por considerarem que não deveriam estar presentes antes de uma posição pública conjunta sobre o regresso à Concertação Social. As quatro confederações apontam para a próxima semana a realização de um novo encontro dos parceiros sociais para discutir conjuntamente o aumento do salário mínimo e o PT2030.
“Sinalizámos ao Governo que só faríamos esta tipologia de reuniões depois do nosso comunicado conjunto. O Governo marcou reuniões sem esperar pela posição pública das confederações”, disse João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), em declarações ao Jornal Económico quando questionado sobre a reunião prevista para esta terça-feira.
Os líderes das confederações patronais reuniram a 4 de novembro com o primeiro-ministro e com a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, tendo admitido na altura um regresso à Concertação Social, considerando que ficaram esclarecidas questões que motivaram a suspensão da participação. No entanto, tinham previsto uma reunião das confederações para alinhar uma posição.
Todavia, o Ministério do Planeamento está a apresentar aos partidos políticos e parceiros sociais as linhas gerais do novo acordo de parceria do PT2030 e convocou os patrões para uma reunião esta terça-feira de manhã, que consideraram não haver ainda condições para estarem presentes nesta reunião.
“A CCP não se sentiu obrigada a estar presente em qualquer reunião com os parceiros sociais antes do comunicado conjunto e as outras confederações assumiram idênticas posições”, disse João Vieira Lopes.
Esta tarde as quatro confederações patronais – a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) – anunciaram o regresso à Concertação Social, mas deixaram avisos. “As quatro Confederações de Empregadores estão, igualmente, disponíveis para uma discussão aprofundada e calendarizada do futuro PT 2030, mas recusam uma auscultação meramente protocolar que sirva apenas para referenciar que foram cumpridas as exigências de Bruxelas”, vinca.
As confederações salientaram que “o agendamento destes temas não deverá ser feito unilateralmente por qualquer das partes envolvidas na Comissão Permanente de Concertação Social, mas acordado entre todas as entidades integrantes da CPCS, como tem sido a prática corrente na instituição”.
João Vieira Lopes adiantou ainda ao Jornal Económico que a ideia “é que na próxima semana se faça uma reunião da Concertação Social onde se discuta o salário mínimo e o PT2030”.
https://jornaleconomico.pt/noticias/patroes-regressam-a-concertacao-social-mas-deixam-avisos-806389
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