Governo britânico prevê que segundo referendo do Brexit demoraria um ano a organizar

O Governo britânico prevê que demoraria mais de um ano a organizar um segundo referendo sobre o Brexit. A possibilidade de realizar um segundo voto tem sido continuamente rejeitada pelo Executivo de Theresa May.

Esta previsão consta de um documento elaborado pelo Governo de Theresa May, a que o Politico teve acesso.

O prazo de um ano inclui a elaboração e aprovação de legislação no parlamento, um processo que demorou sete meses em 2016, para o primeiro referendo.

Já as perguntas a serem feitas no referendo teriam de ser testadas pela comissão eleitoral, um processo que pode demorar até 12 semanas.

Depois, as campanhas oficiais teriam de ser criadas. Por último, antes das eleições, haveria um período de campanha de 10 semanas. Feitas as contas, a votação teria lugar somente no início de 2020.

As conclusões deste estudo têm sido apresentadas em reuniões a deputados de outros partidos como os liberais democratas ou o partido do País de Gales Plaid Cymru.

Theresa May disse anteriormente que realizar um segundo referendo seria uma “grande traição” à “democracia”, recordando que “no verão de 2016, milhões tiveram o direito à sua palavra”.

Recorde-se que o plano do Governo de Theresa May para o Brexit foi rejeitado esta semana no parlamento britânico, o que aumenta as possibilidades de que tenha lugar uma saída do Reino Unido sem acordo da União Europeia. A primeira-ministra vai apresentar um plano B para o Brexit na próxima segunda-feira. O debate e votação sobre este plano irá ter lugar no Parlamento britânico a 29 de janeiro.

“A nossa posição é que não vai haver um segundo referendo”, segundo fonte oficial do gabinete da primeira-ministra, citada pelo Politico.