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Governo chinês desmente existência de negociações com os EUA

Ministérios do Comércio e dos Negócios Estrangeiros desmentiram a existência de contactos com a administração Trump sobre as tarifas. E mantêm que só aceitam a retirada total dessas barreiras ao comércio.
China EUA
The flags of the United States and China fly from a lamppost in the Chinatown neighborhood of Boston, Massachusetts, U.S., November 1, 2021. REUTERS/Brian Snyder
24 Abril 2025, 13h25

A China exigiu que os Estados Unidos revertessem todas as tarifas unilaterais e afirmou que não há negociações para um acordo comercial, ao contrário do que deixavam entender algumas alegações da Casa Branca. “Os Estados Unidos devem responder às vozes racionais da comunidade internacional e dentro das suas próprias fronteiras e eliminar completamente todas as tarifas unilaterais impostas à China se quiserem realmente resolver o problema”, disse He Yadong, porta-voz do Ministério do Comércio, em conferência de imprensa esta quinta-feira em Pequim.

Sobre se há ou não negociações, Yadong comentou que “qualquer notícia sobre negociações é mentira”. Além disso, o ministério instou os EUA a assumirem uma “posição sincera” com Pequim se quiserem mesmo que ambos os lados levantem as tarifas.

Estas declarações indicam que a reviravolta de Donald Trump, alegando que quer reduzir as tarifas sobre a China, não é suficiente para baixar as tensões entre as duas maiores economias do mundo, e que ainda é necessário tomar mais medidas.

A imprensa chinesa adianta esta quinta-feira que “a China não realizou consultas ou negociações com os Estados Unidos sobre questões relacionadas com as tarifas, muito menos chegou a um acordo”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun.

Guo fez estas declarações em conferência de imprensa em resposta a notícias recentes oriundas dos Estados Unidos, que sugeriram que os dois países estão a negociar e podem em breve chegar a um acordo sobre as tarifas. Todas essas são notícias falsas, disse Guo, acrescentando que é o lado dos Estados Unidos, que lançou uma guerra tarifária com a China, que tem de dar uma resposta. A atitude da China tem sido consistente e clara. “Vamos lutar, se for preciso. As nossas portas estão abertas, se os Estados Unidos quiserem conversar”, disse o porta-voz, acrescentando que a China só quer diálogo e negociação “baseados na igualdade, respeito e benefício mútuo”.

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