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Governo/crise: Líder do PCP exige rápida clarificação das investigações que derrubaram Costa

O secretário-geral do PCP exigiu hoje uma rápida clarificação e apuramento de todas as responsabilidades da investigação que motivou a demissão do primeiro-ministro e defendeu que a queda do Governo é inseparável da política que seguiu.
23 Novembro 2023, 20h02

Estas posições foram transmitidas logo no início de um discurso que Paulo Raimundo proferiu num comício do PCP na Voz do Operário, em Lisboa.

O secretário-geral do PCP assinalou que a situação nacional está marcada pela demissão do primeiro-ministro, António Costa, “precipitada pelas investigações judiciais envolvendo membros do atual Governo”.

Investigações essas que, na sua perspetiva, “é preciso garantir a rápida clarificação e o apuramento de todas as responsabilidades com todas as consequências que daí decorram”.

O líder comunista insurgiu-se depois contra alguns que, “de forma oportunista”, falam de promiscuidade entre o poder económico e político a propósito do caso que derrubou o Governo de maioria absoluta do PS.

“Mas o que é extraordinário é que das suas bocas não se ouve uma única afirmação, uma única palavra que seja, sobre os fundamentos e as causas dessa mesma promiscuidade, o centro da corrupção: O sistema económico assente na acumulação capitalista. Aliás, não se ouve desses agora indignados uma palavra, uma única palavra sobre o maior foco de corrupção, o centro das negociatas que foram e são as privatizações”, especificou.

Uma acusação que dirigiu ao PS, PSD, CDS, Chega e IL “por nem um pio” darem sobre as “negociatas” das privatizações.

Para Paulo Raimundo, “por muito que tentem distrair, por mais factos que se possam criar, a verdade é que a demissão do primeiro-ministro e a queda do Governo são inseparáveis da sua política”.

“Uma política que não dá respostas aos problemas que a maioria da população e o país enfrentam, ao mesmo tempo que abre todas as portas ao aumento dos lucros e à concentração da riqueza nos grupos económicos e financeiros”, acusou.

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