O ministro da Economia e Planeamento angolano, Pedro Luís da Fonseca, alertou que Angola deve ter tido uma recessão de 1,7% no ano passado, em linha com as novas previsões dos economistas consultados pela Bloomberg.
De acordo com a agência de notícias angolana Angop, o ministro disse na sexta-feira, em Benguela, na abertura de um seminário sobre as reformas do Governo, que depois de contrações de 2,6% e 0,1% em 2016 e 2017, respetivamente, a economia angolana deve ter aprofundado a queda no ano passado.
A realidade provou que o auge dos ganhos do crude e a predominância do setor público nas atividades da economia acabou e que, apesar de o Instituto Nacional de Estatística não ter ainda divulgado os números oficiais relativamente ao crescimento do Produto Interno Bruto do ano passado, os resultados não são os desejados, admitiu o governante.
Daí a necessidade de adotar um modelo económico que estimule mais atividades de mercado e mais iniciativa privada, conforme consta no Plano de Desenvolvimento Nacional, acrescentou Pedro Luís da Fonseca.
“O Governo tem estado a implementar reformas destinadas a reposicionar o papel do Estado no desenvolvimento económico, restringindo o seu papel às funções de coordenador, regulador e supervisor”, enfatizou o ministro.
A nova previsão de recessão de 1,7% em 2018 está em linha com a expectativa da Bloomberg, com base na recolha das estimativas dos departamentos económicos dos bancos e consultoras normalmente consultados por esta agência de informação financeira, que reviram em baixa a previsão de crescimento para 2018, de 1,5% positivos para 1,7% negativos.
Para este ano, os analistas ouvidos pela Bloomberg esperam um crescimento económico de 2,2%, que acelera para 2,5% em 2020, ao passo que a inflação deverá ficar nos 16,7% este ano.
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