Governo e DGS recomendam uso de máscaras em supermercados, lojas e transportes públicos

O Governo e a Direção-Geral da Saúde (DGS) aconselharam hoje o uso generalizado de máscaras sociais, ou não cirúrgicas, pelos portugueses em espaços interiores e onde haja concentração de pessoas.

“De acordo com o princípio básico da precaução em saúde pública e face à ausência de efeitos adversos associados ao uso de máscara, pode ser considerada a sua utilização por qualquer pessoa em espaços interiores fechados e com um elevado número de pessoas: supermercados, lojas, farmácias ou estabelecimentos comerciais, transportes públicos, etcetera”, disse hoje a ministra da Saúde, apontando que esta atualização foi feita em linha com as recomendações do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças.

Marta Temido sublinhou que “o uso de máscaras em comunidade constitui uma medida adicional, suplementar, complementar às medidas já anteriormente recomendadas” como lavagem das mãos, etiqueta respiratória, de manutenção da distância social e da utilização de barreiras físicas.

Também conhecidas por máscaras comunitárias, estas são feitas de materiais como algodão, têxtil ou outros e são destinados a população em geral, e não são para serem utilizadas por pessoas doentes ou profissionais de saúde.

“A utilização deste tipo de equipamento deve ser meticulosamente realizada”, com a ministra a aconselhar os portugueses a consultar a informação disponibilizada pela DGS.

“Neste momento, em que nos encontramos numa regra de confinamento, esta utilização é diferida no tempo. Neste contexto, diversas entidades como Infarmed, ASAE concluíram esta tarde as normas técnicas das máscaras ditas sociais e partilharão com a indústria”, de acordo com a governante.

Na habitual conferência de imprensa diária da DGS, a ministra da Saúde recordou que a DGS já tinha recomendado o  uso de mascaras cirúrgicas a todos os profissionais de saúde, a pessoas com sintomas respiratórios, a pessoas que entrem em instituições de saúde, idosos com mais de 65 anos com doenças crónicas, assim como profissionais de forças de segurança, bombeiros, ou profissionais que façam atendimento ao publico.

Portugal conta atualmente com 16.934 casos confirmados da Covid-19, mais 349 face a domingo. Já o número de vítimas mortais nas últimas 24 horas aumentou em 31 pessoas, para um total de 535 mortes, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde.

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