[weglot_switcher]

Governo faz acordo com Sindicato Independente dos Médicos

O Gabinete da Ministra da Saúde anuncia que “deu-se particular destaque aos médicos que fazem parte dos quadros do INEM, reconhecendo que o trabalho desenvolvido é equiparado ao trabalho dos médicos em serviço de urgência”.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, fala aos jornalistas após a reunião do Conselho de Ministros sobre o Plano de emergência e transformação na saúde, realizada na Residência Oficial, em São Bento, Lisboa, 29 de maio de 2024. FILIPE AMORIM/LUSAfilipe a
30 Dezembro 2024, 23h47

Já há um acordo entre o Governo e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

O Governo, representado pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério das Finanças, assinou hoje, 30 de dezembro, um acordo negocial com o Sindicato Independente dos Médicos, SIM. “Este acordo foi construído ao longo de 6 meses, de forma construtiva, colaborativa, responsável em prol do Serviço Nacional de Saúde”, destaca o Executivo.

“A proposta do Governo assegura a revisão da tabela remuneratória e a valorização remuneratória para os médicos de todos os regimes de trabalho, incluindo a dedicação exclusiva, nas diversas categorias da carreira médica, respetivamente, Assistente, Assistente Graduado e Assistente Graduado Sénior entre 2025-2027”, explica o Ministério que acrescenta que “a esta revalorização acrescem ainda os aumentos anuais da Administração Pública”.

Foi acordada a Revisão do Acordo Coletivo (AC) e o Acordo Coletivo de Carreira Especial (ACCE).

“Destacando-se assim a revisão e a definição de regras particulares de organização e disciplina do trabalho médico, com particular destaque para a diminuição faseada (entre 2026-2028) do número de horas de trabalho normal no serviço de urgência, que acompanha a transição, igualmente faseada, da organização em rede do serviço de urgência do SNS, apostando o Governo no trabalho médico planeado, bem como medidas que promovam a conciliação entre a vida profissional e familiar”, lê-se na nota.

O Governo destaca que neste acordo, “os Médicos Internos são também valorizados, não apenas em termos remuneratórios, mas igualmente nas condições de equiparação ao primeiro nível da carreira médica no que se referem ao trabalho suplementar no serviço de urgência (80% do valor hora suplementar da carreira de assistente) assim como no reconhecimento imediato do seu estatuto remuneratório de especialista após conclusão do internato, enquanto aguardam assinatura de contrato com o SNS”.

“Reconhecendo a importância de garantir a progressão na carreira de forma mais sustentável e permitir ao SNS manter a capacidade formativa das próximas gerações de médicos especialistas, foi determinada a abertura anual de 350 vagas, entre 2025 e 2028, para concursos de assistentes graduados sénior”, sublinha o Executivo.

O Ministério diz ainda que “a Saúde Pública, é neste acordo, substancialmente valorizada, através do aumento de 100% do suplemento de autoridade de saúde pública, tendo 50% sido concretizados em outubro de 2024 e em janeiro de 2025, os restantes 50%”.

O Gabinete da Ministra da Saúde anuncia que “deu-se particular destaque aos médicos que fazem parte dos quadros do INEM, reconhecendo que o trabalho desenvolvido é equiparado ao trabalho dos médicos em serviço de urgência”.

Por outro lado foi ainda acordado a integração na Tabela Remuneratória das Remunerações dos Médicos com Contrato Individual de Trabalho (CIT), anterior a 2012, com adesão voluntária.

“A revisão do Sistema de Avaliação de Desempenho dos Médicos (SIADAP), que se encontra em fase final de conclusão, foi também alvo da negociação”, segundo o  Ministério que lembra que esta negociação enquadra-se na medida “Plano de Motivação dos Profissionais de Saúde” prevista no Programa do Governo.

Acordo com SIM em resumo:

A proposta do Governo assegura a revisão da tabela remuneratória e a valorização remuneratória para os médicos de todos os regimes de trabalho, incluindo a dedicação plena, nas diversas categorias da carreira médica, respetivamente, Assistente, Assistente Graduado e Assistente Graduado Sénior entre 2025-2027. A esta revalorização acrescem ainda os aumentos anuais da Administração Pública.

A aplicação da nova grelha salarial aos médicos com contrato de trabalho em funções públicas, bem como das regras de valorização remuneratória acordadas com o SIM, são de aplicação transversal, ou seja, aplicam-se a todos os médicos, independentemente da respetiva filiação.

Neste acordo, os Médicos Internos são também valorizados, não apenas em termos remuneratórios, mas igualmente nas condições de equiparação ao primeiro nível da carreira médica no que se referem ao trabalho suplementar no serviço de urgência (80% do valor hora suplementar da carreira de assistente) assim como no reconhecimento imediato do seu estatuto remuneratório de especialista após conclusão do internato, enquanto aguardam assinatura de contrato com o SNS.

O Governo diz que fica também assegurada a progressão na carreira de forma mais sustentável e permitir ao SNS manter a capacidade formativa das próximas gerações de médicos especialistas, foi determinada a abertura todos os anos de 350 vagas, entre 2025 e 2028, para concursos de assistentes graduados sénior. Ou seja, mais 1.400 vagas.

Foi também acordada a Revisão do Acordo Coletivo (AC) e o Acordo Coletivo de Carreira Especial (ACCE). O Governo destaca a revisão e a definição de regras particulares de organização e disciplina do trabalho médico, com particular destaque para a diminuição faseada (entre 2026-2028) do número de horas de trabalho normal no serviço de urgência, que acompanha a transição, igualmente faseada, da organização em rede do serviço de urgência do SNS, apostando o Governo no trabalho médico planeado, bem como medidas que promovam a conciliação entre a vida profissional e familiar.

Não havendo unicidade da convenção outorgada por dois sindicatos, a sua alteração não abrange os associados da FNAM.

Assim, enquanto não forem revistos tais instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho, para os médicos filiados na FNAM continua a aplicar-se integralmente o AC e o ACCE ainda em vigor.

O Governo defende que a Saúde Pública, é neste acordo, substancialmente valorizada, através do aumento de 100% do suplemento de autoridade de saúde pública, tendo 50% sido concretizados em outubro de 2024 e em janeiro de 2025, os restantes 50%.

O Ministério da Saúde diz que no acordo com o SIM deu-se ainda particular destaque aos médicos que fazem parte dos quadros do INEM, reconhecendo que o trabalho desenvolvido é equiparado ao trabalho dos médicos em serviço de urgência.

Foi ainda acordado a integração na Tabela Remuneratória das Remunerações dos Médicos com Contrato Individual de Trabalho (CIT), anterior a 2012, com adesão voluntária.

A revisão do Sistema de Avaliação de Desempenho dos Médicos (SIADAP), que se encontra em fase final de conclusão, foi também alvo da negociação.

(atualizada com esclarecimentos do Ministério da Saúde)

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.