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Governo gasta 7 milhões de euros em torpedos

Foi aprovada pelo Ministério da Defesa a aquisição e manutenção de torpedos para os submarinos da classse Tridente. O contrato foi conseguido pela empresa Leonardo Defence Systems e a fatura pode atingir os 7,07 milhões de euros mais IVA.
21 Setembro 2017, 11h35

Foi esta quinta-feira publicada no Diário da República a aprovação por parte do ministro da Defesa da contratação da empresa italiana Leonardo Defense Systems com vista à aquisição e manutenção de torpedos para equipar os submarinos da classe Tridente da Marinha Portuguesa.

NO despacho agora publicado, José Azeredo Lopes autoriza que sejam gastos até 7,07 milhões de euros mais IVA com a “aquisição de bens e serviços de modernização dos torpedos de combate do tipo Black Shark dos submarinos da classe Tridente, de forma a permitir a continuação e incremento da operacionalidade e uso deste meio de defesa dos submarinos”.

A despesa será fracionada ao longo dos dois próximos anos. A Leonardo receberá uma primeira parcela de cerca de 2,4 milhões de euros até ao final de 2017, 682 mil euros em 2018 e uma terceira tranche, que rondará os 4 milhões de euros, a ser paga em 2019.

Como forma de justificar a decisão, o despacho evoca a “imprescindível” modernização dos torpedos, “de modo a dar continuidade ao programa de lançamento de torpedos de exercício”, bem com a “manter o adestramento das guarnições na operação desta arma, mantendo assim a capacidade operacional onde os torpedos são usados”.

Recorde-se que o negócio dos torpedos da classe Tridente remonta a 1998, tendo a contratação avançado em 2004 e sido alvo de uma investigação por suspeitas de corrupção e tráfico de influências. Apesar de, em Portugal, o caso ter sido arquivado, na Alemanha levou à condenação de dois gestores da alemã Ferrostaal, parte do consórcio que venceu o concurso, numa investigação paralela.

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