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Governo mantém início do 3º período dia 14 mas sem aulas presenciais

As emissões diárias da telescola começarão no próximo dia 20, através da RTP Memória, para o ensino básico. O calendário de exames também sofreu alterações, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa.
9 Abril 2020, 15h15

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira que o 3º período do ano letivo 2019/2020 vai iniciar-se, como estava previsto, no próximo dia 14 de abril, mas sem atividades letivas presenciais. O Governo optou por reforçar o ensino à distância com a introdução da chamada ‘telescola’ para o ensino básico, com emissões diárias que começarão no dia 20, através da RTP Memória.

“Este é um sacrifício que se justifica. A suspensão das atividades letivas nas escolas deu um contributo decisivo para travar o crescimento exponencial da pandemia e tem sido uma ajuda preciosa no trabalho que os profissionais de saúde têm feito no combate à Covid-19”, disse António Costa, em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros. “Sei que esta é uma decisão aguardada com muita angústia e ansiedade”, admitiu, em declarações aos jornalistas.

O líder do Executivo explicou ainda que a avaliação no ensino básico será feita em cada escola, sem provas de aferição e sem exames do 9º ano. Assim, o regime de apoio extraordinário às famílias com filhos menores de 12 anos estende-se até ao final do ano letivo que se inicia depois da Páscoa.

O calendário de exames também sofreu alterações. Os do secundário, que abrangem os alunos do 11º e 12º ano, foram adiados para o mês de julho (a 1ª fase realiza-se entre os dias 6 e 23) e setembro (a 2ª fase realiza-se entre os dias 1 e 7).

“Iremos trabalhar em dois planos: aquele que preferimos, de poder retomar parcialmente as aulas presenciais do 11º e do 12º durante o mês de maio, sem excluirmos um plano B, em que teremos de prosseguir o ano letivo exclusivamente com o ensino à distância se a evolução da pandemia assim o exigir”, esclareceu António Costa, sublinhando que as aulas presenciarias serão sempre limitadas e serão disponibilizadas máscaras de proteção por parte do Ministério da Educação.

Este era um cenário que o Conselho Nacional de Educação (CNE) já tinha antecipado ontem, depois da terceira reunião para avaliar a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, promovida pelo Governo. Em declarações à agência Lusa, a presidente do CNE disse que o regresso às aulas presenciais não iria acontecer para já e que o recomeço em maio era uma decisão que voltaria a ser discutida mais tarde. “A medida também não irá para a frente se não houver grande segurança”, explicou Maria Emília Brederode Santos.

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Notícia atualizada às 16h05

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