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Governo não está a ter “discussões sérias” sobre eventuais PPP na saúde

Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, refere que “não há discussões sérias” com o Governo para avançar com novas PPP na saúde, e recorda o caso do hospital Beatriz Ângelo, que não teve “uma experiência positiva” na relação com o Estado.
23 Novembro 2025, 14h33

O CEO da Fidelidade, Rogério Campos Henriques, afirmou à Antena 1 e ao jornal de Negócios, que a empresa só estaria dispostas a assumir um parceria público-privada (PPP) se existirem condições que garantam uma “relação justa”.

Rogério Campos Henriques refere que “não há discussões sérias” com o Governo para avançar com novas PPP na saúde, e recorda o caso do hospital Beatriz Ângelo, que não teve “uma experiência positiva” na relação com o Estado.

Na opinião do CEO, o mau funcionamento do SNS não “constituiu uma vantagem para os privados”, e alerta que “o problema da saúde é tão grave e estrutural e a bola de custos que virão no futuro não se compadece com o que é melhor para o privado ou público. Tem de existir uma solução integrada”.

Sobre os seguros de saúde, Rogério Campos Henriques refere que apesar de estar a existir um abrandamento no crescimento destes, existe uma maior utilização. Para o ano é expectável que os seguros continuem a aumentar, contudo devem ficar abaixo dos 7% registados este ano.

Nos seguros automóveis o cenário deve ser idêntico, uma vez que há mais sinistros e que as reparações estão mais caras. Já nos seguros patrimoniais, o CEO salienta que devido aos eventos atmosféricos já custaram à seguradora umas “largas dezenas de milhões de euros”.

Sobre a recente tragédia no elevador da Glória, o CEO da seguradora da Carris declara que apesar dos processos de indemnização às vítimas poderem demorar “anos”, “ninguém vai ficar desamparado”.

Rogério Campos Henriques revela que olha com “prudência” para o relatório preliminar do acidente, mas garante que nenhum processo de indemnização vai ficar dependente deste relatório, uma vez que se for o caso, a companhia de seguros tem sempre a garantia de poder invocar o direito de regresso.


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