Governo propôs salário mínimo de 870 euros e prémios de produtividade e acordo não foi alcançado

Após a reunião no Ministério do Trabalho, os representantes dos trabalhadores (CGTP e UGT) revelaram à comunicação social que ainda não existe um acordo fechado com o governo. A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Ramalho, expressou esperança na realização de um acordo, afirmando que o salário mínimo já está definido para 2025, mas não confirmou propostas sobre outros aumentos salariais.

Durante a reunião, a governante destacou que a proposta apresentada pelo Governo inclui um aumento do salário mínimo para 870 euros, um valor significativamente superior ao estipulado no acordo em vigor, que é de 855 euros.

Mencionou igualmente a proposta de um prémio de produtividade, alinhado com o programa do Governo, e outros incentivos para compensar as empresas pelo esforço adicional necessário para essa valorização salarial. A ministra sublinhou que o Executivo está comprometido em promover a competitividade das empresas enquanto valoriza os salários.

Por outro lado, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) afirmou que não assinará acordos “para fazer de conta”, mas reconheceu uma “disponibilidade” do Governo para acolher as suas propostas, o que poderia facilitar o entendimento. Entre as propostas da CIP está a sugestão de pagamento do 15.º mês de salário isento de impostos, uma medida que visa beneficiar tanto os trabalhadores quanto as empresas. A situação continua a evoluir, com as partes envolvidas a procurar um entendimento que atenda às necessidades de trabalhadores e empregadores.