O secretário de Estado da Energia considera que Portugal apresenta “condições únicas” com os “recursos certos” e “alta competitividade” para liderar a transição energética na Europa e para produzir hidrogénio verde na Europa.
“Portugal vai ter um papel ativo dentro desta Aliança, será um elemento essencial para impulsionar o amplo uso de hidrogénio”, sublinhou João Galamba, em comunicado, anunciado que o Governo vai disponibilizar até 40 milhões de euros até 2030 para financiar projetos no âmbito do hidrogénio verde, sendo que a intenção é que se repitam concursos neste valor todos os anos até 2030.
“Queremos produzir largas quantidades de hidrogénio verde, queremos produzi-las competitivamente, e queremos ter um papel relevante na economia emergente do hidrogénio alinhada com uma estratégia de industrialização”, afirmou o secretário de Estado.
Além disto, Galamba avançou que espera ter o quadro regulatório e legal que permite a produção, armazenamento, transferência, distribuição e consumo de hidrogénio antes do fim do mês de agosto.
As declarações surgem depois de Bruxelas anunciar uma nova estratégia que visa impulsionar o recurso a este elemento químico. A Comissão Europeia (CE) apresentou, esta quarta-feira, uma estratégia para o hidrogénio no quadro de uma Europa neutra em carbono e as perspetivas são ambiciosas: ter até 40 gigawatts (GW) de capacidade de produção até 2030.
O plano de Bruxelas prevê até 2024 a instalação de pelo menos 6 GW em eletrolisadores na União Europeia, que produzirão até um milhão de toneladas de hidrogénio renovável. Este combustível limpo terá como principal cliente a indústria, nomeadamente as empresas químicas, que assim deixarão de precisar de combustível fóssil para produzir o hidrogénio de que necessitam nos seus processos industriais.
Para criar as condições para o aumento da procura, a Comissão também lançou também uma nova Aliança Europeia para o Hidrogénio Limpo, onde se vão juntar as autoridades nacionais, os representantes da indústria e da sociedade civil e o sector financeiro (através do Banco Europeu de Investimento). A ideia é que esta aliança permita avaliar os melhores projectos e identificar as oportunidades de investimento.
O secretário de Estado olha para a proposta da CE e considera-a igualar o Estratégia Nacional de Hidrogénio — que prevê instalar 2 GW de eletrolisadores que contribuirão para 5% desse mercado — e o “histórico robusto” de Portugal na preferência pelas energias renováveis.
Para além disso, relembra o projeto da reconversão da central termoeléctrica de Sines numa nova unidade de produção de hidrogénio verde, uma iniciativa que fez de Portugal um pioneiro entre os restantes Estados-membros que também integram na nova Aliança Europeia para o Hidrogénio Limpo.
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