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Governo vai reforçar linhas de apoio ao setor do turismo

A secretária de Estado do Turismo esteve esta manhã presente na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação para detalhar a estratégia do Governo a curto e médio prazo para a recuperação do setor do turismo.
  • ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
15 Julho 2020, 13h00

A secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, anunciou esta quarta-feira que o Governo tem previsto uma estratégia de curto a longo prazo para a recuperação do setor do turismo em tempo de pandemia.

Num plano que é baseado em três pilares, a secretária de Estado anunciou que, no setor da aviação, aguardam-se “perdas superiores e mais negativas” às previstas há um mês, estimativas que antecipavam perdas na ordem dos 50% e que por isso, uma das estratégias passa pela recuperação de rotas para o mês de agosto.

“Temos uma perspetiva de que, em agosto, iremos recuperar 50% dos voos comparativamente à situação homóloga e nessa medida estão a ser reforçados os instrumentos financeiros para a dinamização dessas rotas”, afirmou  Rita Marques durante uma audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

“Para além da retoma prevista da grande parte das rotas a nível nacional na ordem dos 50 a 60%, temos previsto que, para alguns destinos, este valor poderá ser ainda maior”, referiu. O Governo prevê uma recuperação de voos para Ponta Delgada na ordem dos 78%, para o Funchal de 62% e para Faro 58%.

Os outros dois pilares do plano de recuperação do turismo passam por reforças as linhas de apoio ao setor.

A Linha de Apoio à Tesouraria para Microempresas do Turismo, que passará a ter uma dotação de 100 milhões de euros, poderá conceder às empresas 20% a fundo perdido dependendo de algumas condições, entre as quais a manutenção dos postos de trabalho.

“Estamos a trabalhar especificamente na conversão do incentivo da linha de microcrédito às micro empresas. Já concedemos 42 milhões de euros e o nosso objetivo é garantir a conversão do crédito concedido aos micro empresários a fundo perdido“, disse a secretária de Estado do Turismo. “Essa conversão parcial do crédito concedido aos micro empresários será a fundo perdido com um limite de 20%”, afirmou a secretária de estado.

Por outro lado, as linhas Capitalizar Turismo e de Apoio à Qualificação da Oferta, que têm como objetivo apoiar projetos que envolvam investimento no interior do país, serão reforçadas em 300 milhões de euros cada.

Por fim, o Governo vai ainda avançar com a criação de uma linha de crédito, especifica para os operadores económicos na área dos eventos, que deverá ficar disponível ainda este mês. Segundo Rita Marques, este setor foi dos que apresentou impactos mais negativos pelo que considera ser crucial o apoio para a recuperação da atividade económica. “Há cerca de um mês apontávamos para uma quebra de atividade na ordem dos 50% e agora as perdas são substancialmente superiores”.

Apesar de não ter avançado com detalhes quanto ao valor desta linha, a secretária de Estado anunciou que a linha deverá ser oficializada ainda esta mês.

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