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Governo volta a atacar a Galp: “Foi uma enorme insensibilidade comunicar despedimentos em Matosinhos antes do natal”

Depois das críticas de António Costa há dois dias, hoje foi a vez de o ministro do Ambiente ter criticado duramente a petrolífera pela sua gestão do encerramento da refinaria de Matosinhos.
21 Setembro 2021, 18h27

O Governo voltou hoje a criticar a Galp e a forma como a petrolífera geriu o processo de encerramento da refinaria de Matosinhos, distrito do Porto.

“Considero de uma enorme insensibilidade comunicar o despedimento coletivo meia dúzia de dias antes do natal”, disse o ministro do Ambiente esta terça-feira, 21 de setembro, em conferência de imprensa em Lisboa, renovando críticas feitas pelo primeiro-ministro e por si próprio em janeiro deste ano no Parlamento.

“Tinha a expetativa que a Galp tivesse um comportamento, indo além da lei, e isso a Galp não fez”, afirmou João Pedro Matos Fernandes.

“Tinha a expectativa que a Galp tivesse um comportamento indo além da lei, e isso a Galp não fez”, afirmou o ministro, referindo-se a compensações financeiras extra, acima do exigido por lei, pelo despedimento dos trabalhadores.

No domingo, António Costa esteve presente num comício em Matosinhos onde criticou a petrolífera portuguesa pelo seu comportamento no processo de encerramento da refinaria em Leça da Palmeira.

“A Galp começou por revelar total insensibilidade social ao escolher o dia 20 de dezembro, a cinco dias do Natal, para anunciar aos seus 1.600 trabalhadores que iria encerrar a refinaria de Matosinhos”, começou por dizer num comício de apoio à candidata socialista à autarquia de Matosinhos, Luísa Salgueiro, que concorre a novo mandato.

Depois, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS disse que a companhia mostrou  “total irresponsabilidade social” porque não preparou “minimamente a requalificação e as novas oportunidades de trabalho e de prosseguir a vida para os trabalhadores que iriam perder os seus postos de trabalho”.

Em terceiro lugar, António Costa afirmou também que a Galp “não revelou a menor consciência de responsabilidade que qualquer empresa — e em particular uma empresa daquela dimensão – tem para com o território onde está instalada, onde deixa um enorme passivo ambiental de solos contaminados, não dialogando previamente com a Câmara nem com o Estado sobre o que é que pretende fazer depois de encerrar aquela refinaria aqui em Matosinhos”.

 

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