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Grécia, Espanha e Itália com as maiores contrações do PIB na zona euro em 2020

Entre os países da zona euro, Portugal será o 12º com o maior tombo da economia, com uma queda de 6,8% este ano, segundo as projeções de Bruxelas. O Luxemburgo deverá ter a menor contração do PIB, seguido pela Áustria e Malta.
7 Maio 2020, 07h50

Vai ser uma “recessão recorde” que irá atingir a União Europeia este ano. A pandemia do novo coronavírus conduz a uma contração generalizada de todas as economias europeias, com Grécia, Espanha e Itália à cabeça. Segundo as projeções económicas de Primavera da Comissão Europeia, o PIB vai contrair 7,75% na zona euro e de 7,5% na União Europeia este ano, antes de expandir 6,25% na zona euro e 6% na União Europeia em 2021.

Entre os países com a queda do PIB mais acentuada este ano está a Grécia, que deverá registar uma contração de 9,7%, Itália de 9,5% e Espanha de 9,4%. Entre os países da zona euro, Portugal será o 12º com a maior contração projectada (de -6,8%).

A Grécia que deverá ser o país mais atingido, será especialmente penalizada com a queda do turismo, nota a Comissão, que vê a economia grega a recuperar ara 7,9% em 2021. Já a economia italiana que poderá ter uma recuperação técnica no segundo semestre deste ano, deverá expandir para 6,5% em 2021, enquanto Espanha recupera para 7%.

Por outro lado, entre as economias da moeda única, o Luxemburgo será a menos penalizada, com uma contração do PB de 5,4%, seguida pela Áustria de -5,5% e de Malta de -5,8%. Bruxelas estima ainda que a economia britânica tombe 8,3% este ano, recuperando para 6% em 2021.

“A pandemia de coronavírus afetou gravemente o consumo, a produção industrial, o investimento, as trocas comerciais, os fluxos de capitais e as cadeias de abastecimento”, realça a Comissão Europeia, prevendo que “a supressão progressiva das medidas de confinamento deverá criar condições favoráveis à retoma”.

“Não se prevê, todavia, que a economia da União Europeia consiga compensar totalmente as perdas registadas este ano até ao final de 2021”, acrescentando, indicando que o investimento deverá continuar a ser fraco e não será visível uma plena recuperação do mercado de trabalho.

País 2020 2021
Bélgica -7,2 6,7
Alemanha -6,5 5,9
Estónia -6,9 5,9
Irlanda -7,9 6,1
Grécia -9,7 7,9
Espanha -9,4 7
França -8,2 7,4
Itália -9,5 6,5
Chipre -7,4 6,1
Letónia -7 6,4
Lituânia -7,9 7,4
Luxemburgo -5,4 5,7
Malta -5,8 6
Holanda -6,8 5
Áustria -5,5 5
Portugal -6,8 5,8
Eslovénia -7 6,7
Eslováquia -6,7 6,6
Finlândia -6,3 3,7
Bulgária -7,2 6
República Checa -6,2 5
Dinamarca -5,9 5,1
Croácia -9,1 7,5
Hungria -7 6
Polónia -4,3 4,1
Roménia -6 4,2
Suécia -6,1 4,3
Zona Euro -7,7 6,3
União Europeia -7,4 6,1
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