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Greve no ‘handling’ atrasou vários voos e cancelou um em Lisboa, segundo sindicato

Em declarações à Lusa, Carlos Oliveira, da direção do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), referiu que a greve teve impacto em 23 voos no período da manhã, a que se somarão os 34 atrasos registados ou previstos no período da tarde e até ao final do dia.
Cristina Bernardo
26 Dezembro 2024, 19h16

Vários voos sofreram atrasos hoje, no quinto e último dia da greve na empresa de ‘handling’ Menzies (antiga Groundforce), disse à Lusa fonte sindical, que não descarta novas paralisações no início do próximo ano.

Em declarações à Lusa, Carlos Oliveira, da direção do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), referiu que a greve teve impacto em 23 voos no período da manhã, a que se somarão os 34 atrasos registados ou previstos no período da tarde e até ao final do dia.

Nesta contabilização do impacto da greve, para a qual disse não ter valores de adesão face ao modelo adotado (módulos de duas horas nas entradas e/ou saídas dos turnos), o dirigente sindical incluiu ainda um voo cancelado durante o dia de hoje.

Por sua vez, fonte oficial da ANA disse à Lusa que até às 17:00, a greve estava “sem impacto na operação”.

Perante a ausência da resposta da Menzies às reivindicações, Carlos Oliveira disse à Lusa que o sindicato pretende avançar para tribunal com mais ações contra a empresa, avisando contudo que os trabalhadores não vão limitar-se a esperar pela decisão dos tribunais, equacionando novas formas de luta, incluindo o recurso à greve.

Criticando o que classifica de “arrogância pura e dura” da parte da empresa, o dirigente sindical salientou que há “uma série de ilegalidades” sobre as quais ponderam recorrer à justiça, juntando-se às ações que já deram entrada contra o valor da remuneração mínima praticada (que está abaixo do salário mínimo), a exigência de pagamento do estacionamento e o incumprimento no pagamento das horas noturnas face ao previsto no acordo de empresa.

“Vamos ver o que os tribunais vão responder, mas a luta não fica por aqui e vamos ter novas paralisações, se calhar já na entrada para 2025”, precisou.

Por seu lado, e após a paralisação dos dias 24 e 25, os trabalhadores da empresa de ‘handling’ Portway vão voltar à greve nos dias 31 de dezembro e 01 de janeiro, esperando uma adesão superior aos cerca de 30% a 40% registados naquele primeiro período.

Além de maior adesão, Fernando Henriques, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) afirmou à Lusa que vão também procurar evitar a “técnica” de “designação em massa de trabalhadores para os serviços mínimos” efetuada pela empresa no período do Natal.

Para tal, adiantou, vão ser os sindicatos a proceder à designação dos serviços mínimos no período de greve marcada para o final do ano.

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