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Groundforce. Alfredo Casimiro rejeita ter transferido ações da Pasogal para a Urbanos

O acionista maioritário da Groundforce está hoje no Parlamento a explicar o impasse em torno da empresa.
André Kosters/LUSA
18 Março 2021, 16h50

O acionista maioritário da Serviços Portugueses de Handling (SPdH)/Grounforce rejeita ter transferido as suas ações para outra empresa sua, a Urbanos.

Na sua intervenção inicial esta quinta-feira, 18 de março, no Parlamento, Alfredo Casimiro disse que é “mentira” que transferiu os seus 50,1% da Groundforce para a Urbanos.

“As ações foram, desde o início, ou seja, em julho de 2012, compradas pela Pasogal, que foi constituída na altura para esse fim. A Urbanos, que era a empresa que eu tinha, interveio dada a urgência do governo em ter contratos fechados para mostrar a Bruxelas no final de 2011. Mas ficou bem claro perante a TAP SGPS e a Autoridade da Concorrência que as ações seriam compradas por uma nova empresa que eu estava a constituir. Tanto assim foi, que nos contratos ficou logo autorizada a transferência desses mesmos contratos para a empresa a criar”, disse o empresário na comissão parlamentar de economia.

A TAP propôs hoje à Serviços Portugueses de Handling (SPdH)/Groundforce comprar os seus equipamentos por sete milhões de euros, sabe o Jornal Económico.

Este valor permite à empresa de assistência a passageiros, cargas e bagagens nos aeroportos nacionais pagar os ordenados em atraso de fevereiro e também ficar com dinheiro em caixa para pagar os ordenados de março.

A Pasogal anunciou hoje que chegou a acordo com a TAP para a Groundforce receber sete milhões de euros. Este valor permite pagar os salários em atraso de fevereiro e também ficar já com dinheiro em caixa para os ordenados de março.

“O acordo alcançado agrada à Groundforce, até porque é muito semelhante ao que a empresa propôs desde o início. A Groundforce está, naturalmente, satisfeita por ter sido possível encontrar uma solução que permita pagar os salários aos trabalhadores e pôr fim à angústia de 2.400 famílias”, segundo comunicado divulgado pela empresa de gestão de bagagens, carga e passageiros.

A Serviços Portugueses de Handling (SPdH)/Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal, de Alfredo Casimiro, com o grupo TAP a deter 49,9%, com a companhia aérea a ser detida em 72% pelo Estado português.

 

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