Numa nota enviada à Bolsa de Valores de Hong Kong, a Fosun explicou que o negócio está ainda dependente da autorização da China para a comercialização daquela vacina.
A primeira parte do acordo prevê a venda de 50 milhões de doses, para as quais será feito um pagamento equivalente a 125 milhões de euros, até 30 de dezembro. O restante será pago quando as autoridades chinesas derem luz verde para comercializar a vacina no país.
A empresa chinesa ficará com 65% das receitas brutas anuais obtidas com a comercialização da vacina na China. A BioNTech fica com os restantes 35%.
A Fosun advertiu, no entanto, que “não há garantia” de que a vacina da BioNTech receba autorização para ser comercializada na China, um país que ainda não aprovou nenhuma vacina que não seja para uso de emergência e em casos muito específicos, apesar de várias empresas chinesas possuírem vacinas na última fase de testes.
No início deste mês, um representante do Governo chinês disse que Pequim vai aprovar a comercialização de 600 milhões de doses da vacina contra o coronavírus antes do final do ano, mas não houve ainda confirmação oficial.
A vacina desenvolvida pela Pfizer e a BioNTech já recebeu autorização em vários países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Singapura, México e Costa Rica.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.621.397 mortos resultantes de mais de 72,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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