[weglot_switcher]

Grupo EDP arrasta PSI para perdas a fechar a semana

A bolsa de Lisboa registou uma sessão negativa, em que o índice de referência se viu arrastado para o ‘vermelho’ pelas desvalorizações nas cotadas do grupo EDP.
PSI mercados
10 Janeiro 2025, 17h18

O grupo EDP penalizou de forma acentuada a bolsa de Lisboa na última sessão da semana. O índice PSI recuou 1,33% e ficou-se pelos 6.313 pontos.

Entre as cotadas do índice de referência, a EDP tombou 4,23% até aos 2,991 euros por ação, ao passo que a EDP Renováveis contraiu 3,82% e ficou-se pelos 8,95 euros nas negociações. Simultaneamente, houve recuos de 2,50% para 2,726 euros na Mota-Engil e de 1,88% para 5,215 euros no caso da Altri.

O dia foi de tal modo negativo que só o BCP registou um incremento, na ordem de 0,25%, que elevou a cotação de mercado do banco até aos 0,4812 euros por título.

Entre os mais importantes índices europeus, Espanha contraiu 1,49%, fazendo deste dia particularmente negativo para as praças ibéricas. Seguiram-se descidas de 0,82% no índice agregado Euro Stoxx 50 e no índice de referência do Reino Unido, ao passo que França perdeu 0,79% e a Alemanha derrapou 0,52%.

Em sentido contrário ficaram os futuros de Brent, que escalaram 2,91% e alcançaram os 79,16 dólares por barril, ao passo que o crude ganhou 2,98% até aos 76,12 dólares.

No mercado cambial, o euro recuou 0,59% face ao dólar, de tal modo que um euro está a ser negociado por 1,0238 dólares.

Os principais índices de ações europeus encerraram em baixa”, assinala-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“A maior criação de emprego nos EUA, aliada a expectativas que apontam para níveis de inflação em solo norte-americano nos próximos 12 meses, acabaram por gerar receios de que desta forma a Fed venha a adotar uma postura mais agressiva de taxas de juro”, apontam os analistas.

“Como reflexo, os juros de dívida soberana subiram e condicionaram o sentimento dos investidores. O setor energético até assistia a uma subida dos preços do petróleo, depois do Citi ter ontem elevado o target para o crude, mas também terminou em queda”, de acordo com a mesma análise.

“Já o Automóvel foi puxado pela Mercedes, mesmo depois da fabricante alemã ter reportado fracas entregas na China”, acrescenta-se.

“Em Portugal o BCP escapou à onda vermelha, sendo que o destacamento de dividendo da Navigator e as perdas expressivas do grupo EDP arrastaram o PSI”, pode ler-se ainda.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.