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Grupo nacional Sogepoc investe 6,2 milhões de euros em fábrica de processamento de nozes em Évora

Este projeto permitirá não só processar a produção do Grupo Sogepoc mas também a produção de terceiros, “o que incentivará fortemente o crescimento da produção de nozes em Portugal”.
  • Paus de canela, nozes ou pinhas são também utilizados em decorações “faça você mesmo”. Basta pintar, colocar uma fita ou colar a uma vela simples e está criado um efeito especial.
19 Junho 2021, 19h42

O grupo familiar português Sogepoc investiu 6,2 milhões de euros numa nova linha de processamento de nozes, em São Manços, Évora.

Esta nova unidade do sector agroalimentar, inaugurada ontem, tem uma capacidade de processamento de quatro mil toneladas de nozes.

“A Sogepoc é um grupo familiar, de capital português, com uma longa experiência na agroindústria. Desde 2016, tem vindo a fazer um investimento no sector dos frutos secos, procurando dar resposta ao aumento do consumo destes produtos (amêndoas, nozes, pistácios, avelãs, cajus, pinhão ou amendoim), que tem vindo a crescer significativamente, alavancado pelos benefícios para a saúde, tendências de alimentação saudável e pelo seu valor nutricional”, esclarece um comunicado da empresa.

Segundo esse documento, “o projeto considera uma área de 647 hectares em Portugal (477 hectares de nogueiras e 170 hectares de amendoeiras), em São Manços (Évora) e em Veiros (Estremoz)”.

“Com o funcionamento em pleno das duas primeiras fases – de viveiro (de plantas de nogueira) e de exploração agrícola – o Grupo Sogepoc avança agora para a terceira etapa: a fábrica de processamento de nozes Nogam, que será a primeira em Portugal. A linha de processamento de nozes é uma atividade crítica na cadeia de valor de produção de nozes (inclui a remoção da casca exterior verde, lavagem das nozes e secagem)”, assinala o referido comunicado.

“Este projeto de investimento de 6,2 milhões de euros, que será o primeiro em Portugal, permitirá não só processar a produção do Grupo Sogepoc mas também a produção de terceiros, o que incentivará fortemente o crescimento da produção de nozes em Portugal. Ou seja, com esta nova fase da integração vertical, pretende-se controlar a qualidade do produto final e assegurar a sustentabilidade e rastreabilidade da produção”, adianta o comunicado em questão.

O Grupo Sogepoc destaca os fatores de sustentabilidade deste investimento: eficiência de rega (através da monitorização com sondas), energia solar, enrelvamento da entrelinha, utilização da casca como fertilizante, reutilização da água do processamento, atomizadores equipados com sensores óticos para redução do uso de fitofármacos, acordo de utilização de estrume como fertilizante, assim como os protocolos com a Universidade de Évora e INIA [Instituto Nacional de Investigação Agrária] para estudo de boas práticas agrícolas.

Os responsáveis destacam ainda outros aspetos desta unidade industrial, como o facto de o descasque de nozes promover a produção de produtos derivados inovadores, como o óleo de noz ou leite de noz.

“É um investimento relevante para outros produtores, que passam também a ter soluções de processamento, e para o crescimento do sector no país”, destacam os responsáveis do Grupo Sogepoc, acrescentando que o investimento “tem impacto relevante na economia local”, não só na criação de cerca de 80 empregos diretos e indiretos, mas também em todo o ecossistema empresarial.

O Grupo Sogepoc sublinha ainda que o projeto tem um “enquadramento fortemente exportador”, contribuindo para a sustentabilidade e eficiência energética e contribuindo para a inovação de produtos e para a inovação tecnológica.

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