O Grupo Ramada apresentou um resultado líquido em nove meses, até setembro, de 10,1 milhões de euros, o que traduz uma subida de 131,9% face aos 4,3 milhões reportados no período homólogo do ano anterior.
O EBITDA foi de 15,7 milhões o que compara com 8,3 milhões um ano antes.
“O EBITDA atingiu o montante de 15,758 milhões, superior em 89,1% ao registado no primeiro homólogo de 2020. A margem EBITDA ascendeu a 15,4% com um crescimento de 4,3 pontos percentuais face ao ano anterior. O EBIT, no montante de 13,360 milhões, registou um crescimento de 124,1% face aos 5,9 milhões em 2020.
Nos primeiros nove meses de 2021 as receitas totais do Grupo Ramada ascenderam a 102,6 milhões de euros, apresentando um crescimento de 37,1% face às receitas totais registadas em igual período de 2020.
Os custos totais ascenderam a 86,8 milhões, registando um crescimento de 30,6% face ao ano anterior.
Nos primeiros nove meses de 2021, a atividade de aços registou um crescimento significativo comparativamente com igual período do ano anterior, sendo relevante o contributo do setor da Metalomecânica, que continua a destacar-se com índices de crescimento acentuados desde o início do ano, refere a empresa industrial que integra o PSI-20.
O sector de moldes continua com pouca atividade afetado pela crise vivida na indústria automóvel.
“O atraso verificado no lançamento de novos projetos para automóveis elétricos tem tido um efeito nefasto na indústria de moldes portuguesa, muito dependente do setor automóvel o que tem gerado a necessidade de operar muito abaixo da capacidade instalada”, lê-se no comunicado.
“O trimestre iniciou-se com um comportamento de vendas abaixo do esperado”, diz a F. Ramada. No entanto, “em agosto, verificou-se um aumento consistente da procura, através da receção de novos projetos da indústria automóvel, o que indicia que este setor se encontra em fase de recuperação. A procura de aço mantém-se em alta, assim como se continuam a verificar constantes subidas de preços e escassez de materiais por parte de alguns fornecedores”, refere a empresa.
A Ramada reporta que a subida significativa da sucata e do minério de ferro que ocorreram a meio do primeiro semestre, o fecho das quotas de importação de países terceiros da União Europeia e as dificuldades dos transportes marítimos, provocaram uma acentuada subida de preços do aço.
Prevê-se que os preços se mantenham elevados e que persista escassez de material nos próximos meses. “O aumento do preço da energia elétrica e do gás natural vão ter um impacto significativo na atividade do Grupo, pelo que foi decidido avançar com o projeto Ramada Solar, estando o arranque da produção do primeiro Megawatt previsto para o final de janeiro de 2022”, refere a empresa que tem como presidente João Borges de Oliveira .
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