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Guerra comercial volta a castigar Wall Street

As ações da Apple recuam 1,20%, para 187,72 dólares, depois de o grupo financeiro japonês Nomura ter descido o seu preço-alvo.
  • Brendan McDermid / Reuters
17 Maio 2019, 15h03

A guerra comercial volta a pesar em Wall Street. Os mercados norte-americanos estão a negociar no início da sessão desta sexta-feira, 17 de maio, em terreno negativo. Depois de três dias de ganhos, os investidores da Bolsa de Nova Iorque ressentem a sinalização de que a China poderá não querer um encontro entre Donald Trump e Xi Jinping à margem da cimeira do G20, que se realiza em junho.

Os três principais índices de Wall Street estão pintados de ‘vermelho’. O Dow Jones recua 0,53% (para os 25.724,81 pontos). Na mesma linha, o alargado S&P 500 perde 0,56% (para os 2.860,08 pontos) e o tecnológico Nasdaq desliza 0,64% (para os 7.847,13 pontos). Também o Russell 2000 desvaloriza (-0,63%, para os 1.545,49 pontos).

As tensões entre os Estados Unidos e a China no âmbito da guerra comercial dominam o sentimento, depois de a imprensa chinesa indicar que o gigante asiático poderá não estar interessado em reunir-se agora com os EUA para resolver essas questões. A Deere, uma das fabricantes de tratores agrícolas, reviu em baixa as projeções de lucros como consequência da guerra comercial. Nvidia, Applied Materials e Baidu também mostraram contas”, explica Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp.

As ações da Apple recuam 1,20%, para 187,72 dólares, depois de o grupo financeiro japonês Nomura ter descido o seu preço-alvo.

Já Nvidia e a Applied Materials, empresas norte-americanas da indústria semicondutores que divulgaram as últimas contas e previsões para o atual trimestre, veem os seus títulos terem reações distintas. A primeira – que reportou lucros de 0,64 dólares por acção (acima do esperado) e menos 31% de receitas (2,2 mil milhões de dólares) – desliza 0,22%, para 159,85 dólares. A segunda – que prevê receitas de 3,53 mil milhões de dólares, em linha com as estimativas – está em contraciclo e sobe 4,77%, para 43,64 dólares. “Mostraram um outlook que parece agradar os investidores”, explica Ramiro Loureiro, no mesmo research enviado esta tarde.

Quanto ao petróleo, a cotação do barril de Brent está a cair 0,12%, para 72,53 dólares, enquanto a cotação do crude WTI sobe 0,43%, para 63,14 dólares por barril. No mercado cambial, nota para a ligeira depreciação de 0,03% do euro face ao dólar (1,1168) e para a desvalorização de 0,41% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,2742).

“A situação precária em que a primeira-ministra britânica forçada pelo seu próprio partido a deixar o cargo em junho, somada aos avanços nulos em relação ao Brexit, só aumentou a pressão sobre a libra esterlina”, aponta, em nota de mercado, o analista Aitor Méndez. O especialista da IG refere que o GBP-USD regista uma nova queda na ordem dos 0,40% e que “marca um mínimo na sessão a 1,2737 dólares por moeda britânica, o menor preço desde 15 de janeiro passado, dia em que o acordo de saída negociado por Theresa May foi rejeitado de forma dolorosa pelo parlamento britânico

Notícia atualizada às 15h20

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