Na passada quarta e quinta-feira o sentimento nos índices norte-americanos foi claramente de otimismo, o que fomentou uma rotação de capital para o risco em detrimento de ativos de refúgio, como o sector do retalho de consumo essencial e das utilities, levando os índices para um patamar muito perto de quebrar a tendência lateral em que têm estado inseridos nos últimos dois meses. Otimismo esse que foi derivado pelas palavras de confiança, tanto de Biden como de McCarthy, sobre a resolução do impasse no teto da dívida antes do dia 1 de junho.
Só que, na sexta-feira os ventos mudaram com uma atitude de rutura entre as partes, que levou à saída da reunião dos republicanos que ocorreu com representantes da Casa Branca, provocando um regresso da cautela à entrada de um fim de semana que não era expectável um desenvolvimento da situação, dado que o presidente dos EUA estava ausente no encontro do G7, realizado no Japão. No entanto, no domingo houve uma conversa telefónica entre os dois líderes, que fez regressar as partes às negociações, agendadas para esta segunda-feira à tarde.
Mas até ao lavar dos cestos é vindima, assim diz o ditado popular português, ou seja neste caso, enquanto não for efetivamente fechado um acordo oficial, retificado pelas duas câmaras do Congresso norte-americano, não se pode assegurar que o desfecho será o mais desejado, sendo que é expectável que um entendimento venha a ser alcançado, restando saber quando e quais as consequências do atraso e da incerteza criada.
Assim sendo e com as notícias económicas relevantes a saírem apenas no final da semana, os próximos dias deverão ser guiados pela retórica que irá sair das reuniões entre as equipas de Biden e de McCarthy.
O gráfico de hoje é do S&P500, o time-frame é diário.
O principal índice tem a linha superior do canal, ou os 4265 pontos, como zona de resistência a mais subidas.
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