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Bruno Ramos de Carvalho: “Há várias empresas onde um jovem pode começar”

O CEO da Active Space Technologies explica como se constrói uma carreira na aeronáutica a partir de Portugal. Adianta que, neste momento, a empresa tem posições em aberto na área da Engenharia Eletrónica.
9 Junho 2019, 13h00

A Active Space Technologies (participada pelo Grupo Bel, também acionista do JE) é o exemplo da empresa que deu os primeiros passos numa incubadora. Lançada em 2004 pelos engenheiros Ricardo Patrício e Bruno Ramos de Carvalho, esteve, no início, alojada na incubadora de empresas da Universidade de Aveiro tendo passado mais tarde para a IPN-Incubadora, em Coimbra. Os objetivos da empresa passaram sempre pelos mercados externos. O reconhecimento internacional, aferido por clientes como Agência Espacial Europeia, Thales Alenia Space e Airbus Defence and Space, entre outros, foi obtido a partir de Coimbra, onde mantém a sua sede. A sua presença física estendeu-se, entretanto, ao Reino Unido e à Holanda.
Numa empresa de serviços de engenharia de ponta como a Active Space Technologies, a massa cinzenta é o elemento diferenciador. Desde a sua criação gerou 115 empregos dos quais 84 na área das engenharias. Esta foi, de resto, a área escolhida pelos alunos com as notas mais altas no ensino superior público em 2018.

 

Um jovem pode começar hoje em Portugal uma carreira nos setores da aeronáutica e aeroespacial?

Pode. Existem várias empresas no setor aeroespacial e da aeronáutica em Portugal onde um jovem engenheiro pode começar a sua carreira nessa área.

 

A Active Space Technologies é uma dessas empresas? Concretamente, que oportunidades oferece?

Recrutamos, essencialmente, nas áreas da engenharia mecânica, aeroespacial ou eletrónica, que são aquelas que nos permitem desenvolver a nossa atividade. Contudo, fora desse contexto existem também empresas de software ligadas a estas áreas, que estão a criar emprego no setor.

 

Uma carreira na vossa empresa passa quase necessariamente por ter um curso de engenharia…!?

Sim. Seja ela mais direcionada para as máquinas, seja para a eletrónica.

 

Neste momento, há oportunidades em aberto?

Sim, temos posições na área da eletrónica.

 

O que é que um jovem pode fazer para se candidatar?

Na Active Space Technologies seguimos o percurso de recrutamento e seleção convencionais. Damos a conhecer as nossas oportunidades de emprego através dos sítios normais, o nosso site e sites especializados na área dos emprego. A seguir os jovens candidatam-se, mandam o seu curriculum e serão (ou não) selecionados para uma entrevista.

Existe mobilidade interna na Active Space Technologies?

Sim. À medida que os recursos/profissionais ganham experiência vão subindo na carreira e vão assumindo papéis de mais responsabilidade. A mobilidade acontece naturalmente. O jovem pode começar como engenheiro júnior e tornar-se um dia gestor de projeto.

 

Isso depende de que fatores?

Depende da pessoa e da própria prestação da pessoa. Há pessoas que não têm – ou acham que não têm – apetência para fazer gestão de projeto e acabam por ficar como engenheiros seniores muito especializados. Outras, por exemplo, sonham em desempenhar tarefas de gestão, mas não têm competência para lá chegar. Nem sempre querer é poder. Temos que avaliar pessoa a pessoa e cada caso é um caso.

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