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Heinz: A histórica marca de ketchup vai ter um presidente português

O gestor português Miguel Patrício vai migrar da indústria de cervejas para a companhia que produz o histórico ketchup Heinz. O novo diretor-executivo diz que a sua primeira preocupação são as “pessoas”.
22 Abril 2019, 18h29

A gigante alimentar norte-americana Kraft Heinz vai ser liderada por um português. A Bloomberg revela esta segunda-feira, 22 de abril, que a Kraft Heinz convidou o gestor Miguel Patricio para diretor-executivo da companhia que detém o famoso ketchup Heinz.

A empresa foi buscar o executivo à Anheuser-Busch InBev, multinacional norte-americana de cervejas, para substituir Bernardo Hees, que liderava a Kraft Heinz desde 2015. Miguel Patricio ocupou durante vários anos o cargo de diretor de marketing da norte-americana Anheuser-Busch.

O português tirou o bacharelato na Fundação Getulio Vargas, no Brasil, em administração de empresas. Antes de fazer parte da Anheuser-Busch InBev, Miguel Patricio passou pela Johnson & Johnson e pela Coca-Cola, onde ocupou o cargo de diretor de marketing, pela Phillip Morris e pela cervejaria Ambev.

O lugar de Bernardo Hees estava incerto desde fevereiro de 2017, quando a Kraft Heinz fez a proposta para comprar a Unilever por 143 mil milhões de dólares (127,11 mil milhões de euros), que acabou por falhar. Desde então, as ações da Kraft Heinz caíram e o valor de mercado da empresa caiu mais de 70 mil milhões de dólares (62,22 mil milhões de euros).

Com a mudança de empresa, o português de 52 anos também vai ter de alterar a sua morada para Chicago. Embora a entrada oficial na empresa seja apenas a 1 de julho, Miguel Patricio terá mais de dois meses para desenvolver uma estratégia ao mesmo tempo que transita da indústria de cervejaria para a alimentar, onde vai ter de lidar com produtos como os cachorros-quentes Oscar Mayer e o famoso ketchup Heinz.

Citado pela Bloomberg, o gestor português disse que vai levar “novos olhos para a empresa”, referindo que está habituado a ver o negócio de outro prisma. “É uma grande oportunidade”, afirmou Miguel Patricio.

No entanto, com as mudanças que a empresa tem sofrido, Miguel Patricio diz que é “preciso quase ser um evangelista”, e acrescentou que a “primeira preocupação” de um diretor-executivo têm de ser “as pessoas”.

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