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High Bridge desiste da proposta de alterar administração da Pharol depois de acordo acionista

O motivo da retirada dos pontos que indicavam uma tentativa de assumir o controle da gestão da ex-Portugal Telecom SGPS, que agora tem 25 milhões em caixa fruto do acordo com a Oi, resulta de um acordo entretanto alcançado com a Oi e o Novo Banco.
  • Luís Palha da Silva, CEO da Pharol
22 Março 2019, 19h33

A acionista High Bridge Unipessoal, detentora de 89.551.746 ações, correspondentes a 9,99% do capital social da Pharol, anuncia ao mercado que são retirados os pontos 5, 6 e 7 da ordem de trabalhos da Assembleia Geral Anual do próximo dia 29 de março, cuja inclusão havia sido requerida pela mesma acionista.

Esta sociedade, representada por Domingos Cruz, estava a ser questionada pela CMVM, por suspeitas da ligação ao acionista Nelson Tanure.

Segundo um fonte da empresa, o motivo da retirada dos pontos que indicavam uma tentativa de assumir o controle da gestão da ex-Portugal Telecom SGPS, que agora tem 25 milhões em caixa fruto do acordo com a Oi, resulta de um acordo entretanto alcançado com a Oi e o Novo Banco.

Mas o facto de a CMVM estar a investigar a estrutura acionista da Pharol para identificar a origem das sociedades acionistas da empresa, com vista à eventual imputação de votos, ajudou a este acordo.

A High Bridge tinha introduzido na agenda da Assembleia Geral, três pontos adicionais. Um dos pontos era a redução do número atual de membros do conselho de administração da Pharol de 11 para nove “com a consequente de destituição de dois dos administradores nomeados, os senhores Bryan Schapira (do fundo Adar) e Aristóteles Luís Vasconcelos Drummond, com efeitos imediatos”. A High Bridge justificou que “não se afigura existir qualquer vantagem na manutenção de um conselho de administração com um número tão elevado de membros”.

A High Bridge propôs ainda a destituição dos membros do conselho de administração Maria do Rosário Pinto Correia, Maria Leonor Modesto, Pedro Morais Leitão e Jorge Cardoso (Novo Banco), propondo em substituição quatro novos nomes para o período remanescente do mandato em curso 2018-2020.

Os nomes propostos para administradores eram Denise dos Passos Ramos, Ronaldo Carvalho da Silva, Carlos Eduardo Bulhões Pedreira e João Manuel Pisco de Castro (Visabeira). Este último recusou logo integrar a lista de administradores da Pharol.

A High Bridge na proposta dizia que era preciso “romper de uma vez com o passado recente” e invoca a importância do “cumprimento da nova estratégia da Pharol”.

Hoje, a mesma sociedade retirou os pontos que tinha anexado.

A Pharol tem como acionistas a Oi/​Telemar  com 10%; a High Bridge com 9,99%; Novo Banco com 9,56%; a ​​Blackhill Holding (de Nelson Tanure) com ​6,31%; o fundo Adar Macro Fund com 4,8% e a High Seas Investments com 2,41%. Recorde-se que a Pharol tem os votos blindados a 10%.

(actualizada)

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