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IA generativa, computação quântica e tecnologia climática são prioritárias em 2024

Outra das conclusões é que quase 90% das empresas já utilizam a IA de alguma forma e quase a mesma proporção considera-a uma das cinco prioridades mais prementes atualmente, adianta uma pesquisa recente da consultora.
13 Setembro 2024, 18h39

A Inteligência Artificial (IA) generativa, a computação quântica e a tecnologia climática são três prioridades na topo da lista dos executivos das empresas em 2024 e, ainda que cada uma exija competências distintas únicas, estas devem ser complementares, adianta a nova análise da Bain & Company dedicada à disrupção digital, Taking a Globally Orchestrated Approach to Digital Disruption.

“Os líderes têm um papel decisivo na adaptação e na resposta das suas empresas a estas disrupções, identificando pontos fracos e fortes, separando modas de tendências e vertendo os insights num conjunto significativo e proativo de prioridades para enquadrar e impulsionar os seus objetivos estratégicos”, defende a consultora.

Graças ao trabalho do Venture Ecosystem e da Bain & Company junto de líderes em inovação empresarial, venture capitalists e start-ups, a consultora concluiu que há três “meteoritos” no topo das prioridades em 2024, que estão a moldar a estratégia empresarial em todos as indústrias: IA generativa, computação quântica e tecnologia climática.

Por exemplo, desde que se vulgarizou no final de 2022, a IA generativa tem estado no topo das agendas da maioria das empresas.

A Bain cita uma pesquisa recente da consultora estratégica, onde é referido que quase 90% das empresas já utilizam a IA de alguma forma e quase a mesma proporção considera-a uma das cinco prioridades mais prementes atualmente.

Além da experimentação e do entusiasmo, revelam os inquéritos da Bain & Company, os gestores estão dispostos a adaptar-se a estas disrupções e ansiosos por implementarem a IA generativa e criarem um valor real.

O estudo defende que para concretizar o seu potencial, as tecnologias emergentes críticas em 2024 como a IA generativa, a computação quântica e a tecnologia climática exigem competências de gestão únicas, mas complementares.

Os gestores das empresas tendem a ver estas transformações através das suas lentes funcionais, diz a Bain, que ressalva que as evoluções bem-sucedidas requerem a existência de um decisor no centro das operações, mas com a capacidade para orquestrar esta adaptação e redefinir as prioridades em função das ambições estratégicas da empresa.

“Em algumas organizações, este orquestrador é o diretor digital da empresa, mas pode também ser um executivo sénior com um mandato claro para unir os pontos”, defende a consultora.

O alinhamento com os líderes empresariais é fundamental para garantir que as transformações suportam as ambições estratégicas. “Mas há uma área que costuma ficar esquecida e que é essencial – os Recursos Humanos. Afinal, a adoção em escala de novas tecnologias exige uma diversidade cada vez maior de competências e talento”, adianta a Bain & Company.

“Os executivos navegam num cenário cada vez mais complexo e de disrupção contínua em todos as indústrias. Estas disrupções, que incluem avanços tecnológicos, alterações nas exigências do mercado, desafios ambientais e instabilidade geopolítica, estão interligadas e amplificam-se mutuamente, criando novas situações em que só a mudança pode ultrapassar a capacidade de adaptação”, adianta Clara Albuquerque, sócia da Bain & Company.

 

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