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Iberdrola e E.ON entre as 20 maiores empresas que mais contribuem para a redução das emissões poluentes

Foi divulgado um novo relatório que avaliou o desempenho climático de 274 das empresas com maior número de emissões do mundo. Dos vários setores analisados, apenas 20 estão no rumo certo para reduzir a emissão de GEE.
10 Julho 2019, 13h34

Foram avaliadas 160 empresas de capital aberto e concluiu-se que cerca de 46% das empresas não considera os riscos climáticos nas suas decisões operacionais.

Conduzido pelo Transition Pathway Initiative e financiado por 14 biliões de dólares, o estudo concluiu que apenas uma em cada oito das empresas mais poluidoras do mundo está trabalhar no sentido de reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) em concordância com as metas estabelecidas no Acordo de Paris de 2015.

Embora os reguladores e bancos centrais de muitos países industrializados estejam cada vez mais a pressionar as grandes produtoras para uma melhor gestão, análise e divulgação dos riscos climáticos das suas empresas, o estudo sugere que só 25% dessas entidades reporta a verdadeira quantidade das suas emissões emitidas.

O relatório avalia as empresas sobre ‘Qualidade de Gestão’ relacionadas com o clima, mas também vai além disso e analisa o ‘Desempenho de Carbono’, em termos de emissões de GEE atuais e estimadas. Assim, concluiu-se que das 160 entidades analisadas, apenas 20 está a caminhar na direção de manter o aquecimento global abaixo de 2ºC

Estas incluem a empresa alemã de energia E.ON, a espanhola Iberdrola, a produtora de papel finlandesa Stora Enso e a californiana Edison International.

Para além desses resultados, o documento informa também que entre as empresas avaliadas pelo segundo ano consecutivo, 35 das 130 empresas (27%) melhoraram a forma como integram as alterações climáticas nas suas decisões empresariais.

“O relógio está a passar por mudanças climáticas irreversíveis”, afirmou Adam Matthews, co-presidente da Transition Pathway Initiative (TPI), em um comunicado. “Os investidores precisam de adotar uma posição de emergência, caso contrário, a janela para garantir a mudança que precisamos vai-se fechar”, acrescentou ele.

O estudo foi realizado em colaboração com o Instituto de Investigação Grantham sobre Alterações  Climáticas e Meio Ambiente na London School of Economics. Foram recolhidos dados do Grupo FTSE para analisar empresas líderes em 14 setores mais contribuintes para as emissões decarbono, como petróleo e gás, concessionárias de energia elétrica, automóveis, companhias aéreas e siderurgia. Esses setores respondem em 41% das emissões globais de empresas de capital aberto em todo o mundo.

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