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Idan Ofer. Magnata israelita pôs o Famalicão à frente da Liga

Desafiado por Jorge Mendes a investir no futebol nacional, o acionista do Atlético Madrid comprou a sociedade anónima desportiva do Famalicão, apostou na subida de divisão e, concretizado esse passo, encheu o plantel com jovens emprestados por gigantes europeus ligados ao superagente. Chega à quarta jornada da Liga NOS empatado com o Sporting na liderança.
1 Setembro 2019, 14h00

Longe vão os tempos em que Idan Ofer assistia a vitórias tão esforçadas do Famalicão como aquela que valeu preciosos três pontos frente aoSporting da Covilhã, conseguidos já em tempo de descontos, encaminhando a equipa de futebol minhota para o objetivo que o magnata israelita estabeleceu em novembro de 2018, numa entrevista ao “Record”: “Queremos subir à 1.ª Liga já esta temporada.” Alcançada a primeira meta, com o Famalicão a ficar atrás do campeão Paços de Ferreira mas com 15 pontos de vantagem sobre o Estoril-Praia, terceiro classificado da segunda divisão do futebol nacional, o clube não só voltou a competir com os “grandes” como nesta tarde de sábado vai visitar o Desportivo das Aves encontrando-se na liderança da Liga NOS, em igualdade pontual com o Sporting e com um ponto de vantagem sobre o Benfica e o FC Porto.

Havendo quem antecipe, meio a sério e meio a brincar, que o hino da Liga dos Campeões soará na próxima temporada no Estádio Municipal 22 de Junho, dotado de pouco mais de cinco mil lugares nas bancadas, inegável é que até agora está a render a aposta no futebol português de um dos homens mais ricos de Israel, com negócios na prospeção petrolífera e na extração mineira, sendo ainda armador de petroleiros e empreendedor no segmento dos carros elétricos, com uma fortuna pessoal avaliada pela revista “Forbes” em 4,6 mil milhões de dólares (4,1 mil milhões de euros), em parte devido a tudo aquilo que herdou do pai, numas partilhas assaz invulgares.

Aquando da morte de Sammy Ofer, em 2011, Idan e o irmão mais velho, Eyal, procederam ao sorteio de dois lotes com centenas de petroleiros e outros tipos de embarcações. Cada um deles retirou um envelope de um chapéu, enquanto a mãe assistia ao ritual. “Foi pacífico e sem drama”, relatou o atual proprietário da SAD do Famalicão à Bloomberg, explicando que um método idêntico permitiu a divisão da coleção de arte daquele que era o homem mais rico de Israel, incluindo obras de Pablo Picasso e de Van Gogh.

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