“IL será oposição firme, constante e implacável ao socialismo que há tanto tempo que nos governa”, diz Cotrim de Figueiredo (com áudio)

“Nestas eleições só houve dois partidos que podem cantar vitória: um preocupa porque há uma eventual maioria absoluta do PS. (…) O outro partido somos nós e isso é motivo de profunda alegria”. A frase é de João Cotrim de Figueiredo, líder da Iniciativa Liberal, que conseguiu (até ao momento) seis deputados nas legislativas de hoje. O IL tinha eleito apenas um deputado em 2019.

Cotrim de Figueiredo salientou – com o discurso entrecortado com gritos de “Liberal! Liberal!” – que já deu os parabéns a António Costa (PS), mas avisou desde logo que os socialistas podem “contar no próximo parlamento com a oposição firme da Iniciativa liberal.

“Passámos de nona força para a quarta força política em Portugal”, disse o líder da IL, que depois recorreu ao slogan dos três “C´s” que tem usado em campanha: “Mostrámos que é possível fazer uma campanha com clareza, com coerência e com a coragem de falar daquilo que não é popular”, sublinhou.

Ou seja, disse Cotrim de Figueiredo, “é possível ganhar votos sem ser extremista, sem ser populista”. “Provámos que se há em Portugal um fenómeno politico é a Iniciativa Liberal, porque com rigor, com ideias e sem populismos é possível tirar as pessoas da apatia”, concluiu.

O presidente da IL, que foi um dos três eleitos do partido por Lisboa (os outros foram Carla Charters de Azevedo e Rodrigo Dias Saraiva Dois), deixou ainda dois compromissos.

“O primeiro é que o grupo parlamentar da IL – e que bom é dizer esta frase… – será aquela oposição firme, constante e implacável ao socialismo que há tanto tempo que nos governa. O segundo compromisso é que continuaremos a lutar todos os dias para doutrinar, para que cada português perceba que o liberalismo funciona”, salientou.

A Iniciativa Liberal conseguiu hoje eleger seis deputados – 3 por Lisboa, 2 pelo Porto (Carlos Guimarães Pinto e Ana Gilvaz) e um por Braga (Rui Garcia da Rocha) – face ao único representante que tinha conseguido em 2019.

Em termos absolutos, o IL ficou perto dos 5% (4,98% com duas freguesias por apurar) e mais de 266 mil votos.