Um estudo da Randstad Research descontruiu alguns mitos em torno da realidade laboral dos imigrantes no mercado de trabalho português e tirou algumas conclusões: quase 30% dos estrangeiros trabalham em funções não qualificadas e em funções que os portugueses tendem a não procurar.
Por outro lado, a população estrangeira triplicou nos últimos dez anos, o que implica vários desafios. Outra questão muito debatida está relacionada com a Segurança Social, sistema no qual os imigrantes “estão longe de ser uma carga”.
A Randstad conclui que os trabalhadores estrangeiros “preenchem vagas em setores onde existe escassez de mão de obra ou que os portugueses tendem a não procurar”. Destaca o estudo da Randstad Research que “alguns destes empregos são a agricultura (6,2% estrangeiros vs 2,4% portugueses), hotelaria (18,3% estrangeiros vs 8,7% portugueses) e as atividades administrativas (20,8% estrangeiros vs 9,8% portugueses).
O estudo da Randstad Research revela que os dados demonstram que, “longe de serem uma carga, os estrangeiros “contribuem significativamente para a sustentabilidade” da Segurança Social. E detalham com números: em 2024, as contribuições a 3,645 milhões de euros, enquanto as prestações sociais recebidas totalizaram 687 milhões de euros. Isto resulta num saldo líquido positivo de 2.958 milhões de euros.
Destaca o estudo que a percentagem de desempregados de longa duração no total de desempregados é 16,7 p.p. inferior para os estrangeiros quando comparada com a da população total. Em 2024, a percentagem para os estrangeiros desceu para 20,2%, enquanto que para o total da população foi de 36,9%.
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