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Imobiliárias europeias deverão recuperar lucros pré-Covid em 2022

As 20 maiores imobiliárias da Europa irão terminar 2021 com um lucro conjunto de 9,2 mil milhões de euros, o que significa que vão quadriplicar o resultado alcançado em 2020.
  • Cristina Bernardo
24 Fevereiro 2021, 17h50

As principais imobiliárias da Europa deverão atingir no final de 2022 níveis de lucro mais elevados do que antes da era pré-Covid. Segundo conta o “El Economista” esta quarta-feira, 24 de fevereiro, os números da empresa de dados financeiros Factset, apontam para que as 20 maiores imobiliárias cotadas a nível europeu terminem 2021 com um lucro conjunto de 9.241 milhões de euros, o que equivale a uma quadriplicação dos resultados verificados em 2020.

Para 2022, estima-se que as 20 imobiliárias possam chegar aos 11.431 milhões de euros de resultados conjuntos, mais 5,3% do que o registado em 2019 e uma subida de 23,6% face aos valores previstos para este ano.

Apenas três das 20 imobiliárias terminaram o ano de 2020 no ‘vermelho’ com a maior quebra a ser da Unibail-Rodamco-Westfield, especializado em ativos de retalho e centros comerciais, com a Covid-19 a levar a perdas de mais de 7.200 milhões, em comparação com o lucro de 1.100 milhões do ano anterior.

No entanto, das 20 maiores imobiliárias europeias, só seis vão conseguir aumentar os seus lucros ao longo de 2021, segundo os dados da Factset. O maior crescimento será da francesa ICADE, que deverá registar lucros de 21 milhões de euros em 2020 para os 380 milhões este ano.

Por sua vez, a socimi [sociedade de investimento imobiliário] francesa Klepierre deverá ter perdido de acordo com os dados da Factset, 822 milhões de euros em 2020 e para este ano a perda será de 1.048 milhões de euros. Segundo as estimativas dos analistas, a Klepierre será a única das 20 imobiliárias a fechar 2021 com prejuízo.

As também francesas Covivio estima um lucro de 413 milhões de euros para 2021, o que significa um crescimento de 15%, enquanto a Gecina, uma Real Estate Investment Trust (REIT) do mercado de escritórios, habitação e residências de estudantes deverá atingir os 408 milhões de euros de lucros, num aumento em 2021 de 164%, contrastando com a queda de 90% em 2020.

Apesar de se estimar que tenha fechado 2020 no ‘vermelho’, a britânica Land Securities Group, deverá ter lucros este ano. A imobiliária especializada em ativos residenciais terá um lucro de 280 milhões no final de 2021, o que contrasta com as perdas de 951 milhões que foram registadas em 2019 e os 1.391 milhões estimados em 2020.

O Grupo Unite, especialista em residências no Reino Unido, que perdeu 102 milhões em 2019,mas em 2020, apesar da pandemia poderá registar um lucro de 90 milhões de euros, que em 2021 deverá chegar aos 196 milhões, o que representa uma subida de 117%.

A também inglesa Rightmove deve ver os seus lucros superarem os dois dígitos em 2021. A imobiliária deverá ultrapassar os 200 milhões de euros, o que se traduz num aumento de 64%, depois de 2019 ter tido um lucro de 197 milhões de euros.

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