O aumento das taxas de juro aliado à descida dos preços das casas podem vir a impactar negativamente as principais economias e investidores europeus em 2023, segundo conta o jornal espanhol “El Economista” esta quarta-feira, 25 de janeiro.
O primeiro sinal veio dos mercados bolsistas, onde muitos investidores se encontram cotados e que pode vir a agravar-se com o vencimento dos empréstimos e títulos utilizados para financiarem as suas operações imobiliárias. De acordo com a “Bloomberg”, cerca de 390 mil milhões de euros em dívidas de grandes proprietários vencerão este ano.
No último ano, as ações das empresas imobiliárias cotadas em bolsa desceram em média 10%, uma situação que poderá voltar a repetir-se em 2023, segundo as previsões da Capital Economics.
As subidas das taxas de juro estão a dificultar o acesso ao crédito à habitação, que por sua vez está a afetar procura e os preços nos países que sofreram uma maior sobrevalorização dos imóveis.
Itália e Espanha foram os países mais atingidos pela crise financeira, sendo que a Alemanha e o Reino Unido podem ser os próximos a sentir os efeitos.
Um caso mais extremo é o da Suécia, onde os preços das casas podem vir a cair até 20% este ano, sendo que as empresas imobiliárias listadas no país perderam 30% do seu valor nos últimos 12 meses, ao mesmo tempo que o banco central sueco e a Autoridade de Supervisão Financeira têm alertado repetidamente sobre os riscos da dívida imobiliária comercial sueca.
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