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Imobiliário: investimento nacional registou aumento de 135% em 2019

O capital nacional mais do que duplicou o volume investido em imobiliário comercial (602 milhões de euros) em relação a 2018. Ainda assim, são os estrangeiros que continuam a mandar no mercado, tendo sido responsáveis por 78% do volume total transacionado.
2 Janeiro 2020, 16h45

A atividade de investimento em imobiliário comercial em Portugal mais do que duplicou o seu crescimento (135%) no que ao capital nacional investido diz respeito no último ano, com um registo total de 602 milhões de euros. Este é um dos números revelados pela consultora Cushman & Wakefield durante a apresentação dos resultados aos jornalistas esta quinta-feira, 2 de janeiro, sobre o setor imobiliário em 2019.

Até 31 de dezembro do volume era de 2.750 milhões de euros, sendo que o valor definitivo ainda está por confirmar, mas a consultora acredita que este poderá chegar aos três mil milhões de euros. Os estrangeiros continuaram a dominar o mercado imobiliário português em 2019 registando 78% do volume transacionado, com o top-3 a ser liderado pela Alemanha com 680 milhões de euros, seguindo-se os Estados Unidos com 300 milhões e a ‘vizinha’ Espanha com 294 milhões de euros.

As transações de portefólios de maior dimensão voltaram a ter um papel preponderante no total do investimento efetuado, sendo responsáveis por 53% do volume transacionado com 1.450 milhões de euros divididos por 17 negócios.

Em termos de mercados ocupacionais os escritórios voltou a liderar a procura com 36% do total investido (cerca de 990 milhões de euros), seguidos logo a seguir pela área de retalho (35%) e um valor acima dos 970 milhões de euros, com setor hoteleiro a verificar uma captação de 19% do capital total investido, num total de 520 milhões de euros.

Eric van Leuven, diretor geral da Cushman & Wakefield em Portugal considera que 2019 “foi transversalmente um ano excelente para o imobiliário nacional”, mas ao mesmo tempo refere que “o mercado ocupacional revela uma procura ativa e limitada pela escassez de oferta de produto de qualidade”.

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