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Impasse nas negociações com o Congresso não afeta Wall Street

Na abertura da sessão, o S&P 500 sobe 0,18%, para 3,357.42 pontos, o tecnológico Nasdaq valoriza 0,19 para 11,030.59 pontos, e o industrial Dow Jones cresce 0,12%, para 27,523.35 pontos.
  • Reuters
10 Agosto 2020, 14h42

A Bolsa de Nova Iorque iniciou a sessão desta segunda-feira em terreno positivo apesar dos Estados Unidos terem ultrapassado os cinco milhões de casos de coronavírus e de Donald Trump não ter chegado a um acordo com o Congresso sobre os novos estímulos para a economia.

Na abertura da sessão, o S&P 500 sobe 0,18%, para 3,357.42 pontos, o tecnológico Nasdaq valoriza 0,19 para 11,030.59 pontos, e o industrial Dow Jones cresce 0,12%, para 27,523.35 pontos.

“As tensões entre EUA/China continuam no centro das atenções, depois de a China ter anunciado que irá sancionar 11 oficiais dos EUA, em retaliação sobre Hong Kong. Respondendo assim às sanções a 11 oficiais chineses por parte dos EUA”, afirma Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millenium investment banking.

As ordens de Donald Trump que restauraram parcialmente os benefícios de desemprego vieram depois das negociações entre a Casa Branca e os principais democratas no Congresso sobre os novos estímulos fracassarem. Contudo, a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disseram que estão abertos para reiniciar as negociações.

“As quatro ordens executivas assinadas pelo Presidente norte-americano estendendo benefícios de desemprego reduzindo, no entanto, o apoio de 600 dólares para 400 dólares por semana, um diferimento temporário de impostos sobre a folha de pagamento até ao final do ano para americanos que rebem menos de 100 mil dólares por ano, proteção contra despejo e o alívio de empréstimo estudantil. De realçar que as ordens executivas de Trump irão enfrentar rapidamente um desafio legal, já que a continuidade dos programas irá exigir financiamento federal, que o Congresso controla”, explica Ramiro Loureiro.

Com o total de infecções no país a ultrapassar cinco milhões e os dados recentes a sugerirem que a recuperação económica se encontra estagnada, os mercados tiveram poucas pistas positivas para negociar.

No seio empresarial destaque para a valorização da Foot Locker, após reportar dados preliminares do segundo trimestre e para a subida da Nikola, depois de anunciar ter recebido uma encomenda de 2,5 mil camiões do lixo elétricos.

Já a Kodak desvaloriza mais de 40%, depois do empréstimo do Governo ter sido suspenso. O Marriott International caiu cerca de 1,4% depois de registar a sua primeira perda trimestral em quase nove anos, uma vez que a interrupção de viagens prolongada devido à pandemia da Covid-19 cancelou as reservas.

Já as ações da Berkshire Hathaway subiram ligeiramente, já que o seu lucro líquido no segundo trimestre aumentou em 87%.

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