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Importação de veículos aumentou 24% em julho face ao período homólogo

A escassez de produto pesou nos números do mercado automóvel em julho, com um crescimento (13%) da importação de veículos, face a 2019.
5 Agosto 2022, 18h43

A escassez de produto fez crescer em 24% a quantidade de veículos importados em Portugal no mês de julho, face ao mesmo período de 2021. Uma tendência que também se verificou, ainda que de forma menos acentuada, se compararmos com os números de 2019, registando-se uma subida de 13%.

Os dados são do mais recente barómetro da plataforma Standvirtual, em parceria com a Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

A transferência de propriedade de ligeiros de passageiros caiu 5,6% em termos homólogos, ainda que se registe um crescimento de 1,3% em comparação com 2019.

Em julho, verificou-se um aumento de 0,6% na procura de viaturas usadas face a junho, contrariando as diminuições de anos anteriores (11% em 2021 e 30% em 2020). Por outro lado, a oferta caiu 1,8%, o que não evitou uma dinâmica de mercado positiva, de 2,4%.

Relativamente aos veículos importados (ligeiros de passageiros), a procura por segmento mantém-se estável, sendo os utilitários (20%) a exceção à regra, já que aumentaram significativamente nos últimos meses. Os compactos (38%) a mantêm-se como os mais procurados.

O preço médio praticado pelos profissionais continua em ascensão, particularmente desde agosto do ano passado, chegando aos 22.500 euros no último mês. Um aumento de 17% face a julho de 2021, quando o preço médio rondava os 19.250 euros.

Entre os modelos mais representativos, com 50 mil quilómetros e a diesel, notou-se uma estabilização de preços, que tem sido tendência nos últimos meses. O custo do Renault Megane Sport Tourer manteve-se em julho (21 mil euros), bem como o do Nissan Qashqai (24.100 euros) e do Mercedes-Benz A180 (30.200 euros). O Renault Clio é o único modelo que revela um ligeiro aumento do preço, passando de cerca de 16.900 euros para 17.100 euros.

Existiu uma ligeira subida dos preços no comércio e retalho em julho, mantendo-se a pressão no mercado, sobretudo no que respeita aos carros com mais de 10 anos, segundo indicam os Os dados do BCA.

Entre os veículos novos, a tendência, em julho, foi de crescimento (18% em termos homólogos), em linha com os dados da ACAP. Ainda assim, verifica-se uma redução (21%) face ao mesmo mês de 2019. As viaturas a gasolina estão na liderança, com um ligeiro decréscimo da procura por elétricos, comparativamente com o mês anterior.

Os dados da ACAP referentes a julho revelam um aumento de 18,8% no mercado automóvel, em comparação com o mesmo mês de 2021 e uma redução de 5,9% no acumulado anual face ao ano passado. As energias alternativas (veículos elétricos e híbridos GPL) representaram cerca de 35% do mercado de ligeiros no último mês, com o gasóleo (18%) a perder quota de mercado.

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