Índia acusa Samsung e Xiaomi de conluio com Amazon e Flipkart
A Índia acusa a Samsung, a Xiaomi e outras empresas de smartphones de conspirarem com a Amazon e a Flipkart da Walmart para lançarem produtos exclusivamente nos sites indianos das empresas de comércio eletrónico, segundo os relatórios divulgados pela “Reuters”.
A Comissão de Concorrência da Índia (CCI) descobriu que a Amazon e a Flipkart violaram as leis de concorrência locais ao dar prioridade a determinados produtos descontos elevados, prejudicando outras empresas. No caso da Flipkart, um relatório com perto de 1.700 páginas indica que as unidades indianas da Samsung, Xiaomi, Motorola, Vivo, Lenovo e Realme conduziram práticas semelhantes.
“A exclusividade nos negócios é uma maldição. Não é apenas contra a concorrência livre e leal, mas também contra o interesse dos consumidores”, afirmou o diretor-geral adicional da CCI, G.V. Siva Prasad escreveu nos relatórios da Amazon e da Flipkart, em conclusões idênticas.
Os dados da Counterpoint Research mostram que a Samsung e a Xiaomi, dois dos maiores players de smartphones da Índia, detém em conjunto, uma quota de mercado de quase 36%.
O mercado de retalho eletrónico da Índia deverá ultrapassar os 160 mil milhões de dólares até 2028, acima dos 57 a 60 mil milhões de dólares em 2023, estima a empresa de consultoria Bain.
A CCI revela ainda que ambas as empresas utilizaram os seus investimentos estrangeiros para fornecer taxas subsidiadas para serviços como o armazenamento e a comercialização a um número seleccionado de vendedores.
Os retalhistas indianos já tinham acusado por diversas vezes a Amazon, a Flipkart e as empresas de smartphones de lançamentos exclusivos de telefones dizendo que os comerciantes sofreram porque não adquiriram os modelos mais recentes e os clientes procuraram-nos via online.
A empresa de estudos indiana Datum Intelligence estima que 50% das vendas de telefones foram online no ano passado, acima dos 14,5% em 2013. A Flipkart teve uma quota de 55% nas vendas de telefones online em 2023, e a Amazon 35 %.
