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Índice alemão DAX vai passar a integrar 40 ações em vez de 30

O número de empresas cotadas no DAX vai alterar-se durante o fim-de-semana, serão lançados novos critérios de inclusão no índice que irá passar a cotar 40 empresas e o DE30 continua a ser negociado de forma lateralizada, destaca o analista da XTB, Henrique Tomé, na sua análise de hoje. 
17 Setembro 2021, 12h16

O DAX vai deixar de ter 30 empresas cotadas e passará a englobar 40, na sequência de uma grande remodelação a que será submetido após o fecho da sessão de hoje.

O número de empresas cotadas no DAX vai alterar-se durante o fim-de-semana, serão lançados novos critérios de inclusão no índice que irá passar a cotar 40 empresas e o DE30 continua a ser negociado de forma lateralizada. O analista da XTB, Henrique Tomé, destaca essa mudança na sua análise de hoje.

O colapso da Wirecard ditou alguns dos novos critérios. A estrela das fintech alemãs, que era cotada,  protagonizou uma das maiores fraudes financeiras dos últimos anos na Alemanha e pediu a insolvência.

“Os critérios de inclusão no índice irão mudar, bem como as empresas cotadas no índice. Alguns veem esta mudança como uma oportunidade para o índice alemão deixar de ser visto como uma referência cíclica e tornar-se mais orientado para o crescimento de longo prazo, tal o que acontece nos índices em Wall Street”, refere Henrique Tomé.

A análise da XTB detalha as mudanças que serão submetidas num dos índices bolsistas mais importantes da Europa.

Desde logo os critérios de qualificação irão mudar. “O índice alemão das blue chips europeias tem contado com mais de 30 empresas desde 1 de Julho de 1988″, realça a XTB.

“Os critérios a cumprir para a inclusão também não se alteraram e as ações que pretendiam ser cotadas no índice tiveram de ser uma das maiores da bolsa de valores alemã em termos de capitalização de mercado e volume de negociação. Contudo, foi decidido que eventos como o colapso da Wirecard, devido a irregularidades contabilísticas, deveriam ser tratados e foi desenvolvido um novo conjunto de critérios”, explica o analista.

Embora a capitalização de mercado continue a ser um dos fatores-chave para a inclusão, o volume de transações deixará de ter uma prioridade tão elevada. “Para além disso, será dada maior ênfase à garantia de que apenas empresas de qualidade são cotadas no índice”, diz a XTB. Isto é, apenas as empresas que tenham gerado um EBITDA positivo nos dois últimos exercícios financeiros poderão ser elegíveis para a adesão ao DAX. As empresas que queiram ser cotadas no DAX também precisarão de ter um comité de auditoria interna a funcionar, bem como um registo de divulgações atempadas dos seus relatórios financeiros.

A XTB avança com as novas empresas que serão cotadas no DAX.

“A grande alteração, e certamente mais visível para os investidores, é a expansão do índice, passando de 30 empresas para um novo formato que irá englobar 40 empresas. Diz-se que a inclusão de mais ações no índice alemão poderá melhorar o seu desempenho e refletir melhor o estado da economia alemã”.

Eis as 10 novas empresas que passam a integrar o DAX: Airbus; Puma; Porsche Automobil Holding; HelloFresh; Zalando; Siemens Healthineers; Sartorius; Qiagen; Brenntag; e Symrise.

“Embora a lista das novas cotadas no índice inclua algumas ações cíclicas, como a Airbus ou a Porsche Automobil Holding, a maioria das novas empresas podem ser vistas como empresas de crescimento. Além disso, em muitos casos, essas novas empresas fazem parte dos ‘vencedores pandémicos’, que registaram um crescimento significativo do preço das ações em 2020, o que lhes permitiu cumprir os critérios de capitalização de mercado”, diz o analista da XTB.

“O facto de o índice alemão passar a englobar mais ações do setor tecnológico, pode ajudar a torná-lo menos cíclico e mais orientado para o crescimento de longo prazo, tal como os índices norte-americanos”, acrescenta.

“Enquanto se espera que a expansão do índice DAX possa melhorar o seu desempenho, a mudança em si não terá um impacto no nível do índice e, por isso, os investidores e traders não deverão sentir o impacto destas alterações. No entanto, isto não significa que não haverá diferenças de preços no início da sessão de segunda-feira. Pode haver diferenças de preços, mas estas resultarão das condições do mercado e não de alterações ao índice”, refere ainda a corretora.

 

 

 

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