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Índice do medo de Wall Street aproxima-se de máximos da pandemia mas adiar das tarifas gera queda forte

A volatilidade dos mercados está em níveis que não eram vistos desde o pico da pandemia. Esta é a perceção que leva a crer o índice VIX, habitualmente conhecido como índice do medo e que esta quarta-feira atingiu máximos de cinco anos. Ainda assim, acabou por cair de forma agressiva, em função do adiar das tarifas dos EUA.
10 Abril 2025, 07h00

A guerra comercial afeta as economias à escala global, mas é travada sobretudo pelas duas maiores: EUA e China. Num contexto de resposta e contra-resposta entre os dois países, a volatilidade dos mercados levou o ‘índice do medo’ a um patamar que não alcançava desde o eclodir da pandemia, em 2020. Posteriormente, este acabaria por cair perto de 30%, após Trump adiar as “super tarifas” por três meses.

Em causa estão variações bruscas no sentimento dos mercados capitais, que registaram fortes perdas nas sessões de quinta, sexta e segunda-feira. O índice S&P 500, por exemplo, que funciona como referência em Wall Street, registou três dias consecutivos de perdas superiores a 4% pela primeira vez desde a Grande Depressão de 1929.

Posteriormente, as bolsas recuperaram, de forma parcial, na sessão de terça-feira, antes de anularem essa mesma recuperação no dia seguinte. Este grau de volatilidade deixa um evidente clima de incerteza, pautado sobretudo pelas novidades no que respeita à guerra das tarifas.

Na base do pessimismo dos investidores estão novas decisões ligadas à guerra comercial, sobretudo a mais recente promessa da China de taxar as importações dos EUA a 84%.

Também conhecido como índice do medo, o Volatility Index (VIX) estava a subir de forma agressiva na sessão de quarta-feira, após o encerramento dos mercados europeus… mas acabaria por inverter a tendência.

Donald Trump adia tarifas e VIX regista queda forte

O presidente dos EUA adiou, já após o fecho das praças europeias, as tarifas recíprocas, a que o próprio chamou, desta vez, “super tarifas”. O adiamento foi feito por 90 dias e animou de imediato a bolsa de Wall Street, cujos índices de referência dispararam.

Os receios dos investidores caíram a pique e outro fator que prova isto mesmo é que o índice de volatilidade registava uma contração próxima de 27%, pouco depois do anúncio feito pelo chefe de estado norte-americano.

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