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Índice dólar em máximo de 13 anos

Novo ‘sell off’ nos mercados de obrigações com a expectativa que as políticas comerciais protecionistas e de investimento público de Trump aumentem a inflação.
Mark Blinch/Reuters
16 Novembro 2016, 16h27

O índice dólar bateu máximos de 2003, esta quarta-feira, acompanhando um ‘sell off’ nos mercados de obrigações após as eleições dos Estados Unidos, subindo as ‘yields’ e atraindo investidores para a moeda norte-americana.

O dólar continua a ganhar força com a expectativa que as futuras políticas comerciais protecionistas e de investimento público de Donald Trump possam vir a causar um aumento de inflação, que obrigarão a FED a acelerar o processo de aumentos das taxas de juro. É essa expetativa que tem servido como catalisador para a apreciação do dólar.

Esta quarta-feira, o presidente da Fed de St. Louis, James Bullard responsável do comité de política monetária da autoridade norte-americana, afirmou em Londres, que “neste momento, era preciso uma surpresa” para que a Fed não aumente os juros na última reunião do ano.

Já ontem o governador da Fed, Daniel Tarullo, havia admitido que uma subida em Dezembro é agora mais provável do que antes. Para o mercado, essa probabilidade é agora de 94%, devido à convicção de que as políticas de Trump vão acelerar o crescimento económico e a inflação.

O Banco de Pagamentos Internacionais alertou esta semana que um dólar mais forte representa riscos para os mercados globais e para a estabilidade financeira, informa a Reuters.

Estes movimentos travaram as subidas das ações, com os principais índices europeus a caírem perto de 1% e as bolsas de Wall Street a negociarem com perdas, após seis sessões de ganhos.

O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com o conjunto das seis principais moedas (euro, iene, libra, dólar canadiano, franco suíço, coroa sueca), sobe 0,33% para 100,53, máximo desde abril de 2003.

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