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Foram licenciados 5,7 mil edifícios para construção no quarto trimestre de 2020

A Região Autónoma da Madeira e a Área Metropolitana de Lisboa foram as únicas regiões com variações homólogas positivas no número total de edifícios licenciados no quarto trimestre de 2020, com aumento de 14,3% e 2,1%, respetivamente.
15 Março 2021, 11h22

No quarto trimestre de 2020 foram licenciados 5,7 mil edifícios, verificando-se uma redução de 1% face ao mesmo período do ano anterior, quando no terceiro trimestre apresentaram um aumento de 4%, segundo os dados divulgados esta segunda-feira, 15 de março, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Por sua vez, os edifícios licenciados em construções novas cresceram 1,2% enquanto o licenciamento para reabilitação diminuiu 7,8%, depois de se terem fixado em +6,5% e -3,5%, respetivamente, no terceiro trimestre de 2020. Os edifícios concluídos decresceram 4,1%, quando se tinha mantido em +1,5% no terceiro trimestre, totalizando 3,7 mil edifícios.

“Do total de edifícios licenciados, 71,7% eram construções novas e destas, 78,4% destinavam-se a habitação familiar. Os edifícios licenciados para demolição (427 edifícios) corresponderam a 7,5% do total de edifícios licenciados no quarto trimestre de 2020”, indica o INE.

A Região Autónoma da Madeira e a Área Metropolitana de Lisboa foram as únicas regiões com variações homólogas positivas no número total de edifícios licenciados no quarto trimestre de 2020, com aumento de 14,3% e 2,1%, respetivamente. As restantes regiões apresentaram variações homólogas negativas, com destaque para o Alentejo e o Algarve, com -6,4% e -6%, pela mesma ordem.

Segundo o gabinete estatístico, “no quarto trimestre de 2020 foram licenciados 6,5 mil fogos em construções novas para habitação familiar”. “Este valor representa uma subida de 7,5%, face ao quarto trimestre de 2019, invertendo a evolução verificada no trimestre anterior (-3,0% no 3º trimestre de 2020). As regiões do Alentejo e Algarve foram as únicas a apresentar variação homóloga negativa desta variável (-11,7% e -5,2%, respetivamente). As outras regiões registaram crescimento, com destaque para a Região Autónoma dos Açores (+25,0%), Região Autónoma da Madeira (+17,6%) e Área Metropolitana de Lisboa (+16,2%)”, lê-se nos destaques do INE.

“Em Portugal, no quarto trimestre de 2020, a área total licenciada diminuiu 4,5% em termos homólogos (+2,1% no terceiro trimestre de 2020). No entanto este comportamento não foi geograficamente homogéneo. Com efeito, em parte em consequência do licenciamento de edifícios para habitação de elevadas dimensões no município de Oeiras, a Área Metropolitana de Lisboa registou um crescimento homólogo de 30,4% desta variável. No Alentejo assinalou-se igualmente um crescimento desta variável (+17,3%), que se deveu, para além do destino
habitação familiar, ao licenciamento de obras para a agricultura, a indústria transformadora e o uso geral. Em sentido oposto, Algarve e Região Autónoma da Madeira registaram os decréscimos mais significativos: -28,9% e -25,6%, respetivamente”, indica.

Numa análise por município, verifica-se que no último trimestre de 2020, os cinco municípios com maior variação absoluta, face ao trimestre homólogo, foram responsáveis pelo licenciamento de 17,9% do total de fogos no país em obras de edificação. No seu conjunto, estes municípios registaram um aumento de 117,5% face ao ano anterior (+798 fogos).

Os municípios com uma maior variação negativa verificaram, no seu conjunto, um decréscimo de 34,2% nos fogos licenciados para edificação face ao trimestre homólogo, numa redução de 560 fogos.

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