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Inflação já terá atingido o pico e será de 5,6% na zona euro este ano, diz Bruxelas

Se para este ano as projeções de outono são semelhantes às do verão, divulgadas em setembro passado, para 2024 há uma melhoria, após previsões de 2,9% na zona euro e de 3,2% na UE para o próximo ano.
15 Novembro 2023, 11h11

A Comissão Europeia estima que a inflação já tenha atingido o pico na zona euro e na União Europeia (UE), após mínimos de dois anos em outubro, devendo fixar-se em, respetivamente, 5,6% e 6,5%, e continuar a descer.

“Estima-se que a inflação medida pelo IHPC [Índice harmonizado de preços no consumidor] tenha atingido um mínimo de dois anos na área do euro em outubro e prevê-se que continue a diminuir ao longo do horizonte de previsão”, indica o executivo comunitário, nas previsões económicas de outono, hoje divulgadas.

Segundo Bruxelas, prevê-se que, na zona euro, a taxa de inflação seja de 5,6% em 2023 e desça para 3,2% em 2024 e 2,2% em 2025.

Na UE, a inflação global deverá diminuir de 6,5% em 2023 para 3,5% em 2024 e 2,4% em 2025.

Se para este ano as projeções de outono são semelhantes às do verão, divulgadas em setembro passado, para 2024 há uma melhoria, após previsões de 2,9% na zona euro e de 3,2% na UE para o próximo ano.

“A descida acentuada dos preços da energia no consumidor ao longo do ano foi o principal motor, mas, nos últimos meses, a moderação da inflação tem sido mais generalizada, com várias medidas das pressões inflacionistas subjacentes a apontarem para um abrandamento da dinâmica dos preços. À medida que a contenção monetária continua a fazer-se sentir na economia, a inflação deverá continuar a diminuir, embora a um ritmo mais moderado, refletindo um abrandamento generalizado das pressões inflacionistas nos produtos alimentares, nos produtos manufaturados e nos serviços”, contextualiza Bruxelas, no documento hoje publicado.

Ainda no que toca aos preços da energia, “a reação dos preços do petróleo, tanto à vista como nos futuros, permaneceu globalmente moderada na sequência do ataque do Hamas a Israel e do subsequente conflito no Médio Oriente”, adianta a instituição.

Em meados de outubro, o preço do gás europeu voltou a subir, após uma tendência de descida pós-pandemia e pós-crise energética, devido aos receios de um conflito mais alargado no Médio Oriente, que podem colocar em risco os fluxos.

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