O governo de Malta oferece uma recompensa “sem precedentes” no valor de um milhão de euros a quem tiver informações sobre o assassinato da jornalista Daphne Caruana Galizia, noticia o The Independent. A jornalista de 53 anos liderava investigação dos Panama Papers em Malta e morreu depois de um engenho explosivo ter detonado no seu próprio carro.
As autoridades descrevem a investigação sobre o assassinato de Daphne, cujos relatórios que analisava visavam o primeiro-ministro e outras figuras políticas, como “um caso de extraordinária importância, que exige medidas extraordinárias”.
A família da jornalista já foi informada dos planos do governo mas recusa-se a apoiar a decisão apesar da “pressão implacável do presidente e do primeiro-ministro de Malta”.
“Não estamos interessados em justiça sem mudança”, escreveram os seus filhos Matthew, Andrew e Paul num post no Facebook. “A justiça, para além da responsabilidade criminal, só será servida quando tudo pelo que nossa mãe lutou – responsabilidade política, integridade na vida pública e uma sociedade aberta e livre – substituir a situação desesperada em que nos encontramos”.
“Um governo e uma força policial que falharam a nossa mãe enquanto era viva, também vão falhar na sua morte. As pessoas que, desde sempre nos lembramos, tentaram silenciar a nossa mãe, não podem ser os mesmos a fazer justiça”.
Os filhos de Daphne pediram a demissão do primeiro-ministro e defendem que o seu último ato antes de sair do governo deveria ser a substituição do Comissário de Polícia e o Procurador-Geral, por não ignorarem as as acusações de corrupção feitas pela jornalista.
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