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Insolvência faz adiar divulgação das contas da Inapa

De acordo com a empresa no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o novo calendário será anunciado em outubro.
4 Setembro 2024, 17h54

A Inapa já não vai apresentar os resultados do primeiro semestre de 2024 a 27 de setembro, como tinha definido. De acordo com a empresa, o motivo é o processo de insolvência, apresentado no mês de julho, que levanta algums constrangimentos.

“A referida alteração no calendário financeiro decorre do facto da Inapa IPG se encontrar declarada insolvente e, nesse âmbito, de estar agendada para o dia 27 de Setembro de 2024 uma Assembleia de Credores para apreciação do relatório de insolvência e deliberação sobre aspectos determinantes para futuro da Inapa IPG”, esclarece a empresa em comunicado.

Desta forma, as contas semestrais serão reveladas em data anterior à realização da Assembleia de Credores, de acordo com a Inapa, por ser “de maior importância e transparência” com o mercado, uma vez que “os impactos das deliberações nas demonstrações financeiras”, só posteriormente serão conhecidos.

De acordo com a empresa no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o novo calendário será anunciado em outubro.

Recorde-se que, em julho, a Inapa anunciou que iria pedir insolvência devido a uma “carência de tesouraria de curto prazo” no montante de 12 milhões de euros, para a qual não foi encontrada solução.

O Ministério das Finanças “chumbou” o financiamento da Inapa e disse que iria acompanhar a insolvência da empresa.

No início de agosto, a Comissão Executiva da Inapa afirmou que a Parpública foi alertada para o facto da insolvência súbita, “mas evitável”, impactar diretamente 1.400 trabalhadores e inviabilizar a compra da empresa por um grupo mundial de distribuição de papel.

O grupo Inapa foi fundado em 1965 e tem como principal acionista a empresa pública Parpública, com 44,89%, enquanto a Nova Expressão tem 10,85% e o Novo Banco 6,55%. O restante capital está disperso.

Em 2023, a distribuidora de papel registou prejuízos de oito milhões de euros, contra lucros de 17,8 milhões de euros em 2022.

 

 

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